Resposta

Após baixas no Ministério da Economia, Bolsonaro diz defender privatizações

Presidente afirmou que Estado está inchado, mas também afirmou considerar normal que ministros queiram mais espaço no orçamento

Por Da Redação
Publicado em 12 de agosto de 2020 | 11:10
 
 
 
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Após os secretários especiais Salim Mattar (Desestatização) e Paulo Uebel (Desburocratização e Governo Digital) deixarem os cargos, o presidente Jair Bolsonaro publicou no Facebook uma defesa das privatizações. Os dois ex-assessores do ministro Paulo Guedes deixaram o governo reclamando da demora para o processo de desestatização e o envio da reforma administrativa, essa última barrada pelo próprio presidente.

"Os desafios burocráticos do Estado brasileiro são enormes e o tempo corre ao  lado dos sindicatos e do corporativimo e partidos de esquerda", reclamou.

"O Estado está inchado e deve se desfazer de suas empresas deficitárias, bem como daquelas que podem ser melhor administradas pela iniciativa privada", disse, em uma defesa genérica do processo.

Bolsonaro, porém, afirmou que "privatizar está longe de ser, simplesmente, pegar uma estatal e colocá-la numa prateleira para aquele que der mais 'levá-la para casa.' 

"Para agravar o STF decidiu, em 2019, que as privatizações das empresas 'mães' devem passar pelo crivo do Congresso", resumiu.

Ele também apontou como "normal" que os ministérios busquem mais recursos para obras essenciais. Essa é uma batalha entre a equipe econômica e outras pastas, que defendem que o teto de gastos seja flexibilizado.

"Contudo, nosso norte continua sendo a responsabilidade fiscal e o teto de gastos", garantiu.

Ele também afirmou que é normal que haja saída de quadros do governo, para "algo que melhor atenda suas justas ambições pessoais.". O presidente ainda defendeu medidas de seu governo na área econômica.

"Em tempo recorde fizemos a reforma previdenciária, as taxas de juros se encontram nos inacreditáveis 2% e os gastos com o funcionalismo está contido até o final de 2021". completou.

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