Crise hídrica

Após citar racionamento, Lira recua e fala sobre 'uso eficiente de energia'

Presidente da Câmara afirmou que será necessário 'período educativo' diante de falta de chuvas no reservatórios das hidrelétricas

Por Da Redação com Folhapress
Publicado em 22 de junho de 2021 | 21:07
 
 
 
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Depois de declarar que o Brasil vai ter que passar por um racionamento de energia para evitar um apagão decorrente da crise hídrica, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), recuou. Agora, ele fala em  "uso eficiente da energia pelos consumidores de maneira voluntária".

Em uma rede social, o parlamentar informou, na noite desta terça-feira (22), que conversou com o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque. "Esclareceu que a Medida Provisória não irá trazer qualquer comando relativo ao racionamento de energia", escreveu o político. 

Mais cedo, porém, havia dito que o racionamento de energia seria necessário para evitar um apagão decorrente da crise hídrica.

Em 2001, penúltimo ano do governo Fernando Henrique Cardoso, o país sofreu uma série de apagões e teve de passar por um forte racionamento. Quem não economizava luz, dentro de uma cota por consumidor, pagava mais caro pela conta no fim do mês.

Atualmente, o governo trabalha no texto de uma medida provisória que dá poderes para um comitê interministerial interferir na gestão de hidrelétricas e cria as bases para um eventual racionamento de energia.

Com a pior seca dos últimos 91 anos e os reservatórios nos níveis mais baixos das últimas décadas, o MME (Ministério das Minas e Energia) prepara esta MP para pavimentar o caminho de medidas emergenciais que podem ser necessárias para um cenário de agravamento da crise hidrológica ainda no segundo semestre deste ano.

 

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