O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Luís Roberto Barroso, remeteu ao Senado a responsabilidade de julgar eventuais pedidos de impeachment de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e se negou a comentar qualquer ataque recebido do presidente da República, Jair Bolsonaro. O presidente chegou a pedir o impeachment do ministro Alexandre de Moraes, negado pelo Senado.
"Existe um procedimento específico (relativo a impeachment de ministros do STF) disciplinado na Constituição. Cabe ao Senado apreciar se isso acontecer. Sou um juiz e lido com fatos objetivos e provas. Não trabalho com especulações", afirmou Barroso, em coletiva de imprensa, após a realização de testes de integridade das eleições suplementares dos municípios fluminenses de Silva Jardim e Santa Maria Madalena.
Durante o evento, o ministro insistiu para que os partidos políticos acompanhem de perto as eleições de 2022 e, com isso, ajudem a eliminar qualquer dúvida quanto à segurança do sistema eletrônico de votação. Segundo ele, um ambiente de insegurança está sendo criado, artificialmente, "por uma minoria". "O sistema sempre espelhou a vontade popular. Temos confiança nisso, mas estamos melhorando a comunicação com a sociedade, para que todos os passos possam ser acompanhados", afirmou.
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Barroso: pedidos de impeachment do STF cabem ao Senado
'Sou juiz e lido com fatos', completou o ministro do Supremo
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