Boatos sobre um suposto envenenamento e até morte do doleiro Alberto Youssef, principal testemunha do escândalo da Petrobras, sacudiram as redes sociais na manhã deste domingo (26). Mensagens veiculadas por WhatsApp creditavam um médico que trabalharia no Hospital Santa Cruz, onde o doleiro está internado desde ontem, como uma testemunha do momento em que Youssef foi admitido.
Segundo a mensagem, o paciente teria chegado com forte sangramento causado por envenenamento por organofosfato e não teria resistido, vindo a óbito. Até mesmo imagens de sites de notícia, como o G1, estariam circulando na rede.
O médico Leandro, morador de Blumenau, é o dono do número vinculado à mensagem, e disse à reportagem de O TEMPO estar perplexo com a repercussão do caso e não aguentar mais tantos telefonemas. "Não passa de boataria da internet. Eu nem sequer estava em Curitiba quando Youssef foi internado, seria impossível eu ter sido testemunha de qualquer coisa".
Pré-infarto
Em nota, o hospital afirmou que o quadro de Youssef é de provável angina instável, uma situação de pré-infarto considerada grave, na qual o sangue não chega em quantidade suficiente ao coração. Youssef, que tem histórico de doença cardíaca e faz uso de medicação controlada, teria sentido dor torácica e desmaiado, mas manteve os sinais vitais estáveis.
Já a Polícia Federal informa que Alberto Youssef passa bem e deve permanecer hospitalizado por 48 horas após ser internado por uma "forte queda de pressão causada por uso de medicação no tratamento de doença cardíaca crônica" na carceragem da Polícia Federal, em Curitiba, onde está preso.