'Nem foto'

Bolsonaro nega vínculo com o apoiador Roberto Jefferson após ataque à PF

Jefferson foi preso, neste domingo (23), após disparar contra equipe da Polícia Federal (PF)

Por Leíse Costa
Publicado em 23 de outubro de 2022 | 15:11
 
 
 
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O presidente da República Jair Bolsonaro (PL) desvencilhou-se do ex-deputado federal Roberto Jefferson (PTB), seu apoiador declarado, durante participação na ‘mega live’ deste domingo (23).

Jefferson foi preso, neste domingo, após disparar contra equipe da Polícia Federal (PF). O confronto ocorreu após o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), ter determinado a detenção do  político por ofender a ministra do STF Cármen Lúcia – além de ter afetado a Corte e o sistema eleitoral.

Durante a mega live da campanha de Bolsonaro, que teve início no sábado (22) e termina neste domingo, o ministro das Comunicações, Fábio Faria (Podemos), negou que Jefferson fosse um dos coordenadores da campanha bolsonarista.

A afirmação foi feita pelo deputado federal André Janones (Avante) em uma publicação nas redes sociais minutos após a divulgação do vídeo em que Jefferson aparece gravando o circuito de imagens de sua residência e ameaçando os agentes federais.

“Nunca foi coordenador. Até porque ele era pré-candidato e teve a pré-candidatura indeferida. Era candidato contra Bolsonaro”, disse Faria. Não tem uma foto dele comigo. Nada  ”, completa Bolsonaro.

Em seguida, o presidente lê a publicação feita em seu perfil oficial, em que repudia a ação de Jefferson. "Repudio as falas do Sr. Roberto Jefferson contra a Ministra Carmen Lúcia e sua ação armada contra agentes da PF, bem como a existência de inquéritos sem nenhum respaldo na Constituição e sem a atuação do MP", escreveu Bolsonaro no Twitter.

Jefferson tentou disputar a campanha presidencial pelo  Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), mas teve a candidatura indeferida devido à condenação criminal imposta pelo Supremo Tribunal Federal (STF) ao ex-deputado federal em 2013. Em seu lugar, o vice-presidente na chapa, Kelmon da Silva Souza, conhecido como Padre Kelmon (PTB), concorreu à presidência, que declarou apoio a Bolsonaro.

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