O presidente da República Jair Bolsonaro (PL) desvencilhou-se do ex-deputado federal Roberto Jefferson (PTB), seu apoiador declarado, durante participação na ‘mega live’ deste domingo (23).
Jefferson foi preso, neste domingo, após disparar contra equipe da Polícia Federal (PF). O confronto ocorreu após o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), ter determinado a detenção do político por ofender a ministra do STF Cármen Lúcia – além de ter afetado a Corte e o sistema eleitoral.
Durante a mega live da campanha de Bolsonaro, que teve início no sábado (22) e termina neste domingo, o ministro das Comunicações, Fábio Faria (Podemos), negou que Jefferson fosse um dos coordenadores da campanha bolsonarista.
A afirmação foi feita pelo deputado federal André Janones (Avante) em uma publicação nas redes sociais minutos após a divulgação do vídeo em que Jefferson aparece gravando o circuito de imagens de sua residência e ameaçando os agentes federais.
“Nunca foi coordenador. Até porque ele era pré-candidato e teve a pré-candidatura indeferida. Era candidato contra Bolsonaro”, disse Faria. Não tem uma foto dele comigo. Nada ”, completa Bolsonaro.
Em seguida, o presidente lê a publicação feita em seu perfil oficial, em que repudia a ação de Jefferson. "Repudio as falas do Sr. Roberto Jefferson contra a Ministra Carmen Lúcia e sua ação armada contra agentes da PF, bem como a existência de inquéritos sem nenhum respaldo na Constituição e sem a atuação do MP", escreveu Bolsonaro no Twitter.
Jefferson tentou disputar a campanha presidencial pelo Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), mas teve a candidatura indeferida devido à condenação criminal imposta pelo Supremo Tribunal Federal (STF) ao ex-deputado federal em 2013. Em seu lugar, o vice-presidente na chapa, Kelmon da Silva Souza, conhecido como Padre Kelmon (PTB), concorreu à presidência, que declarou apoio a Bolsonaro.