O Brasil poderia ter aplicado 17,62% mais vacinas contra a Covid-19 até março se a proposta de fornecimento do imunizante apresentada ao governo Bolsonaro em 26 de agosto do ano passado tivesse sido aceita. A empresa tentou vender 70 milhões de doses para o país naquela data, sendo entregues 4,5 milhões até março, mas não houve acordo, segundo o diretor geral da Pfizer na América Latina, Carlos Murillo.
Em depoimento na CPI da Covid, Murillo afirmou que a farmacêutica apresentou oito propostas ao governo Bolsonaro entre agosto de 2020 e fevereiro de 2021, mas que o acordo só foi assinado em março.
Pelas propostas, o Brasil poderia receber as primeiras doses da vacina contra a Covid da Pfizer ainda em dezembro do ano passado. Mas, como as propostas não foram aceitas, as primeiras doses só foram entregues no segundo trimestre deste ano.
O Brasil deve receber 14 milhões de vacinas da Pfizer até 30 de junho.
Pela proposta de agosto, seriam 18,5 milhões de doses entregues até a mesma data.