CMBH

Bruno Miranda deve ser o escolhido por grupo de Fuad para presidir a Câmara

Votação para nova Mesa Diretora da Câmara Municipal acontece nesta segunda-feira (12/12)

Por Letícia Fontes
Publicado em 10 de dezembro de 2022 | 06:00
 
 
 
normal

O vereador Bruno Miranda (PDT) deve ser o escolhido para presidir o grupo apoiado pelo prefeito Fuad Noman (PSD) na disputa pela presidência da Câmara Municipal de Belo Horizonte (CMBH). O parlamentar tem a preferência da maior parte dos vereadores que compõem a chapa, apesar de Wanderley Porto (Patriota) ser a preferência de ao menos oito parlamentares.

A escolha definitiva do nome sairá no próximo domingo (11), um dia antes da eleição, mas independente do escolhido, o grupo tem focado os últimos dias em garantir o maior número de votos para vencer a disputa da Mesa Diretora. Até o momento, o grupo acredita ter mais de 21 votos - número necessário para eleger o novo presidente do Legislativo.

"Estamos bem tranquilos quanto ao nome. O próprio grupo sabe quem são os prováveis e será tudo sem traumas e sem vaidades", afirmou um parlamentar do grupo. A expectativa dos vereadores é que não haja necessidade de uma votação interna para definir o nome do presidente da chapa. "Acredito que chegaremos em um consenso, nosso foco é vencer a eleição. A votação interna será em último caso", pontuou outro vereador.

Líder da prefeitura na Câmara, Bruno Miranda é um dos nomes preferidos do prefeito Fuad Noman para concorrer pelo comando do Legislativo Municipal no próximo biênio. Segundo fontes ouvidas pela reportagem, o prefeito não quer que aconteça com ele o mesmo que aconteceu com o ex-prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), que apoiou a candidatura de Nely Aquino (Podemos) em 2018, e depois trocou farpas pessoais com a parlamentar.

Durante o seu mandato, a vereadora autorizou a abertura de duas Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o ex-prefeito e chegou até entrar na justiça contra Kalil, após ele ter dito que ela teria um "gabinete secreto" na FIEMG e estaria atuando contra a cidade por interesses políticos.

"Independente de quem seja o próximo presidente, nós queremos uma pessoa que trabalhe em harmonia com todos, não que seja submissa a prefeitura, mas não podemos ter uma pessoa que quando se sentir contrariada irá atirar para todos os lados. O importante é que tenhamos um grupo que seja independente", afirmou Leo Burguês (União Brasil).

Desconfiança
Concorrendo por fora na disputa à presidência da Mesa Diretora, um possível apoio do vereador Gabriel Azevedo (sem partido) a qualquer um dos grupos na disputa à Câmara é visto com receio por alguns parlamentares. O temor é que o vereador, caso tenha interesse em disputar a prefeitura em 2024, possa roubar o protagonismo dos demais colegas.

"Ele não tem viabilidade para disputar e nem tem a confiança da maioria dos colegas, isso em ambos os grupos que estão disputando. Uma pena até, acredito que seria ótimo presidente, mas as pretensões que ele possui de um dia ser prefeito, poderia prejudicar o ambiente. O interesse do Gabriel é que tenhamos um caos para que no caos ele consiga se destacar", disse um parlamentar.

Procurado, Azevedo informou que segue como candidato à presidência da Câmara Municipal. Segundo o parlamentar, sua intenção é buscar a conciliação. "A eleição da Mesa Diretora passa, o importante é garantir governabilidade e tranquilidade para garantir o que é melhor para Belo Horizonte. Sempre atuei a favor da cidade", pontuou. 

Alternativa

Com a disputa acirrada, o vereador Dr. Célio Frois (PSC) pode oferecer seu nome de última hora para compor uma das chapas à presidência da Câmara Municipal de BH na próxima segunda-feira(12). Segundo o parlamentar, a intenção é ser uma alternativa de consenso entre os vereadores.

"Penso que os nomes colocados ainda não estão definidos dentro de seus próprios grupos. A inscrição das chapas será feita no momento da abertura da sessão, portanto poderemos ter novidades. Aguardarei tal definição na próxima segunda-feira, inclusive oferecendo meu nome aos demais colegas", explicou o vereador, que elogiou os nomes cotados para a disputa.

Conforme vem mostrando O TEMPO, a eleição para a presidência da Câmara segue indefinida com três grupos na disputa: grupo de vereadores da base do prefeito, grupo de vereadores ligados ao vereador Gabriel Azevedo (sem partido) e parlamentares ligados à atual presidente, Nely Aquino (Podemos) e ao deputado federal Marcelo Aro (PP).

"Os nomes apresentados até o momento (para a disputa) são de parlamentares preparados, comprometidos com a causa pública e capazes de conduzir os trabalhos através de uma casa independente, harmônica e no contínuo compromisso de atender aos anseios da população de nossa capital", completou Dr. Célio.

Notícias exclusivas e ilimitadas

O TEMPO reforça o compromisso com o jornalismo profissional e de qualidade.

Nossa redação produz diariamente informação responsável e que você pode confiar. Fique bem informado!