ROTINA DE TRABALHO

Comandante do Exército reúne generais para analisar atuação nas eleições

A atividade compõe a rotina interna de despachos do atual comandante do Exército, Marco Antônio Freire Gomes, nomeado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) em março

Por Gabriela Oliva
Publicado em 10 de novembro de 2022 | 18:42
 
 
 
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O comandante do Exército, general Marco Antônio Freire Gomes, realizou, na tarde desta quinta-feira (10), uma reunião presencial e por videoconferência com integrantes do Alto Comando da instituição. A informação foi divulgada pelo Centro de Comunicação Social do Exército ao portal O TEMPO.

A pauta do encontro se baseou em dois pilares, considerados rotineiros. O primeiro foi a análise do trabalho desempenhado pelo Exército durante as eleições de 2022. Também promoveram um balanço do ano em todos os comandos militares. 

Relatório das Forças Armadas sobre urnas

O Ministério da Defesa divulgou uma nota oficial nesta quinta-feira (10) em que reafirma que “embora não tenha apontado, também não excluiu a possibilidade da existência de fraude ou inconsistência nas urnas eletrônicas e no processo eleitoral de 2022” no relatório entregue ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) quarta-feira (9).

Na nota, o Ministério da Defesa faz questão de destacar que o documento cobra  esclarecimentos do TSE e aponta possíveis fragilidades do sistema das urnas. Alega, entre outras coisas, que os testes de funcionalidade das urnas (Teste de Integridade e Projeto-Piloto com Biometria), da forma como foram realizados, não foram suficientes para afastar a possibilidade da influência de um eventual código malicioso capaz de alterar o funcionamento do sistema de votação”.

Também diz que “houve restrições ao acesso adequado dos técnicos ao código-fonte e às bibliotecas de software desenvolvidas por terceiros, inviabilizando o completo entendimento da execução do código, que abrange mais de 17 milhões de linhas de programação”.

Por fim, afirma que “em consequência dessas constatações e de outros óbices elencados no relatório, não é possível assegurar que os programas que foram executados nas urnas eletrônicas estão livres de inserções maliciosas que alterem o seu funcionamento”.

Por isso, o Ministério da Defesa pede ao TSE, “com urgência”, “uma investigação técnica sobre o ocorrido na compilação do código-fonte e de uma análise minuciosa dos códigos que efetivamente foram executados nas urnas eletrônicas, criando-se, para esses fins, uma comissão específica de técnicos renomados da sociedade e de técnicos representantes das entidades fiscalizadoras”.

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