Justiça

Computadores do governo foram usados para atacar Aécio, diz jornal

Mensagens postadas no twitter, durante a eleição de 2014, diziam que o senador tucano usava e traficava drogas; perfil é de um filiado ao PT e funcionário do Serpro em Belo Horizonte

Por Da Redação
Publicado em 17 de junho de 2015 | 10:25
 
 
 
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Computadores do Ministério da Fazenda e do Serpro, responsável pelo sistema de tecnologia da informação de todo o governo federal, foram usados por filiado ao Partido dos Trabalhadores (PT) para ofender o senador Aécio Neves (PSDB/MG).

Os textos, publicados no Twitter, diziam que o tucano traficava e consumia drogas. As mensagens partiram do perfil do chefe da divisão de "projetos e tecnologias educacionais" do Serpro, em Belo Horizonte, Márcio de Araújo Benedito, de acordo com o jornal "Folha de S. Paulo".

As informações estão em dados entregues pela rede social Twitter ao poder Judiciário de São Paulo, depois de o senador abrir processo contra os usuários do site.

O perfil de Márcio de Araújo Benedito, que integra a comissão de ciência e tecnologia do PT em Minas, está entre os 55 que foram alvo de uma ofensiva judicial de Aécio, durante as eleições de 2014. A Justiça determinou que o Twitter entregasse os dados ao tribunal e, depois de analisar o conteúdo, autorizou o acesso dos advogados do tucano aos dados de 20 usuários.

O petista também teria usado equipamentos da Rede Nacional de Ensino e Pesquisa, organização social ligada aos Ministérios da Educação e da Ciência e Tecnologia, em computadores do Rio de Janeiro, Mato Grosso do Sul e Brasília. Todos os órgãos citados negaram vínculo com o caso.

Outro lado

Márcio Benedito foi notificado pela Justiça em setembro de 2014. Ao jornal, ele negou ter feito "comentários que possam ser interpretados" como uma vinculação de Aécio ao tráfico e uso de drogas. E que apenas os IPs (números que identificam o computador usado) não são suficientes para concluir que ele tenha usado os equipamentos para atacar o senador.

O Ministério da Fazenda informou ao jornal "Folha de S.Paulo" que vai abrir apurar o caso.

O Serpro afirmou que "repudia qualquer descumprimento à legislação" e que provê acesso à rede interna e de wi-fi, mas que a utilização é "de responsabilidade de quem faz o acesso".

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