REGALIA

Condenados do mensalão deixam cadeia para passar a Páscoa em casa

Benefício foi concedido para o ex-deputado João Paulo Cunha, e o ex-tesoureiro do PT, Delúbio Soares, que atualmente estão presos no Centro de Progressão Penitenciária (CPP), em Brasília

Por DA REDAÇÃO
Publicado em 17 de abril de 2014 | 15:14
 
 
 
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Dois presos condenados no processo do mensalão deixaram o Centro de Progressão Penitenciária (CPP) de Brasília na manhã desta quinta-feira (17) para passar a Páscoa com a família. O benefício conhecido como "saidão de Páscoa" beneficia o ex-deputado João Paulo Cunha, e o ex-tesoureiro do PT, Delúbio Soares.

 

O ex-tesoureiro do extinto PL, Jacinto Lamas, chegou a ter autorização da Vara de Execuções Penais (VEP) para deixar a cadeia na Páscoa. Porém, segundo o advogado George Ferreira, Lamas foi incluído em um processo disciplinar para investigar se desrespeitou normas que regram o trabalho externo.

Uma portaria publicada no fim de março autoriza todos os presos do regime semiaberto do Distrito Federal a deixar o presídio às 10h desta quinta-feira e retornar às 10h da próxima terça-feira (22). Quem está empregado pode ir direto para o local de trabalho na terça-feira e retornar à penitenciária depois do expediente.

Dos nove presos do mensalão que estão em Brasília, somente os três serão beneficiados. Marcos Valério e os ex-sócios Cristiano Paz e Ramon Hollerbach cumprem pena na penitenciária da Papuda em regime fechado e não se enquadram nas regras por cumprirem penas maiores do que oito anos.

O ex-ministro da Casa Civil José Dirceu ainda não obteve autorização para trabalho externo. Apesar de ter feito pedido para trabalhar em escritório de advocacia diversas vezes, a análise de seus benefícios está suspensa por uma investigação sobre uso de celular dentro da prisão.

Os ex-deputados Valdemar Costa Neto e Bispo Rodrigues, apesar de estarem em regime semiaberto e terem autorização para trabalho externo, não serão beneficiados porque respondem a procedimento disciplinar. O presídio apura se Costa Neto cometeu irregularidades ao receber políticos de seu partido durante o horário de almoço do trabalho e se Bispo Rodrigues cometeu falta ao sair do percurso presídio-trabalho e ir a uma rádio sem autorização.

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