DISPUTA NO SENADO

Maior do Senado, bancada do MDB pode perder mais terreno com eleições

Das principais bancadas do Senado, MDB é a que terá mais cadeiras em disputa nas eleições deste ano

Por Levy Guimarães
Publicado em 30 de janeiro de 2022 | 08:00
 
 
 
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As eleições de 2022 podem renovar até um terço das cadeiras do Senado Federal. Dos 81 senadores, 27 deles, cujas chapas foram eleitas ainda em 2014, terão seus mandatos se encerrando em janeiro de 2023. Os outros 54, eleitos em 2018, podem continuar no cargo até 2027.

A renovação pode provocar mudanças na correlação de forças da Casa. Maior bancada do Senado, o MDB é um dos partidos que mais têm a perder com o pleito deste ano.

Na atual legislatura, são 15 senadores da legenda. Desses, 6 encerram o mandato em janeiro de 2023: Dário Berger (SC), que está de saída para para o PSB), Fernando Bezerra Coelho (PE), Luiz do Carmo (GO), Nilda Gondim (PB), Rose de Freitas (ES) e Simone Tebet (MS), que é pré-candidata à presidência da República. Até o momento, nenhum deles deu sinal verde de que concorrerá à reeleição.

Entre as principais bancadas do Senado, o MDB é a que terá a maior proporção de cadeiras a serem disputadas - 40% do total.

Desde a redemocratização, com a proliferação de partidos políticos, os emedebistas vêm perdendo espaço no parlamento. Durante os anos 80, ainda como PMDB, a sigla chegou a ter praticamente metade dos senadores. A bancada se mantinha dominante durante a década de 2000, quando ainda tinha por volta de 25 membros. Com isso, sempre teve prioridade na escolha do presidente da Casa, o que deixou de acontecer em 2019.

Outra bancada, mas de médio porte, que terá um desafio nas eleições deste ano é a do PT. Dentre os 7 membros, dois encerram o mandato nesta legislatura, Jean Paul Prates (PI) e Paulo Rocha (PA). Porém, outros dois tentarão o governo de seus estados: Jaques Wagner, na Bahia, e Rogério Carvalho, em Sergipe. Em ambos os casos, os suplentes são filiados a outros partidos.

O mesmo vale para o DEM. Dos 6 assentos ocupados hoje pelo partido, metade estará em disputa neste ano: os de Chiquinho Feitosa (CE), Davi Alcolumbre (AP) e Maria do Carmo Alves (SE). Além disso, Marcos Rogério disputará o governo de Rondônia, e caso saia vitorioso, abrirá espaço para seu suplente, Samuel Araújo, filiado ao PSDB.

O partido aposta na iminente fusão com o PSL - hoje com apenas uma senadora -  que formará o União Brasil para se tornar uma das maiores bancadas nas duas Casas Legislativas.

Segunda maior bancada do Senado, com 12 componentes, o PSD terá apenas três deles (um quarto do total) encerrando o mandato na atual legislatura: Alexandre Silveira (MG), Omar Aziz (AM) e Otto Alencar (BA). Todos devem tentar se reeleger.

Já no Podemos, terceira maior bancada da Casa, janeiro do ano que vem será o fim dos mandatos de Alvaro Dias (PR), Lasier Martins (RS) e Reguffe (DF), que correspondem a um terço dos senadores do partido. Dias e Lasier devem tentar a reeleição - apesar de, no Paraná, ainda não ser descartada a possibilidade de Sergio Moro abrir mão da candidatura ao Planalto para concorrer ao Senado. Reguffe deve ser candidato ao governo do Distrito Federal.

Partido do presidente Jair Bolsonaro, o PL é apenas a oitava maior bancada do Senado, com 5 membros. No início da próxima legislatura, três deles podem não estar mais na Casa: Romário (RJ) e Wellington Fagundes (MT), cujos mandatos se encerram e devem tentar se reeleger, e Jorginho Mello, que pleiteia o governo de Santa Catarina.

Porém, a expectativa da direção do partido é que com a chegada de Bolsonaro, outros nomes fortes da direita bolsonarista se filiem e façam crescer a bancada no Senado e na Câmara.

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