ELEIÇÕES 2024

Ricardo Nunes pede punição a Boulos por leques distribuídos no Carnaval

MDB paulistano afirma que o pré-candidato do PSOL promoveu propaganda eleitoral antecipada durante a folia

Por O TEMPO Brasília
Publicado em 16 de fevereiro de 2024 | 11:28
 
 
 
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O diretório municipal do MDB em São Paulo, partido do prefeito Ricardo Nunes, entrou com representação no  Ministério Público contra o pré-candidato à prefeitura paulistana, o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL), por suposta propaganda eleitoral antecipada durante o Carnaval.

O motivo foi a distribuição de leques em blocos de rua da cidade com os dizeres “fica vai ter" e "SP + gostoso com", seguidas do desenho de um bolo, em alusão a um trocadilho com o sobrenome do parlamentar.

"O fato de um mesmo engenho publicitário ter sido visto num mesmo dia em diversos blocos ao redor da cidade afasta a hipótese de tenha sido uma manifestação política individual, tornando bastante plausível a ideia de que se tratou mesmo de um ato de pré-campanha arquitetado", diz a ação.

Além disso, o MDB afirma que a iniciativa demonstra indícios da prática de “caixa 2”, quando são gastos recursos fora da contabilidade oficial de campanha.

“Desse rosário de possíveis ilicitudes – todas elas materialmente comprovadas com os documentos e imagens acima – sobressai a mais grave de todas que é sem dúvida consubstanciada por um gasto antecipado e não contabilizado de campanha eleitoral escancarando um Caixa Dois de recursos e despesas que precisam ser reveladas e sindicadas pela Justiça Eleitoral”.

O partido também menciona que Boulos esteve presente em alguns dos blocos, além de ter publicado vídeos e fotos ao lado de pessoas portando o artefato, o que seria um indício da participação do pré-candidato na suposta propaganda. “Não há como dizer que ele não tem ciência ou que não anuiu com a propaganda irregular veiculada em seu favor", diz o MDB.

O PSOL afirma que não teve participação na confecção e distribuição dos leques. Segundo o partido, foi uma iniciativa dos próprios blocos.

Escola de samba também causou polêmica

O carnaval paulistano de 2024 também foi marcado por controvérsias no desfile da escola de samba Vai-Vai, na sexta-feira (9), que fez uma apresentação em homenagem ao hip-hop. Uma das alas, denominada “Sobrevivendo ao Inferno” - nome de um álbum do grupo Racionais MCs -, retratava homens com escudo da tropa de choque da PM e cassetetes, além de asas de chifres que lembram a figura de um demônio.

As fantasias foram alvo de críticas da oposição ao governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Para deputados bolsonaristas, a escola retratou os agentes de segurança de forma “deliberadamente ofensiva” e “figuras demoníacas”. Os parlamentares propõem que a Vai-Vai seja proibida de receber qualquer tipo de recurso público no ano que vem como punição à ala sobre os policiais.

Além disso, Guilherme Boulos e o ministro dos Direitos Humanos, Sílvio Almeida, desfilaram pela Vai-Vai, o que também rendeu críticas de parlamentares bolsonaristas.

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