O líder da Minoria no Senado, Jean Paul Prates (PT-PI), entrou com um requerimento de convocação do secretário especial de Cultura do governo Jair Bolsonaro, Mário Frias, para depois sobre os gastos em viagens oficiais feitas pelos comandantes da secretaria. O documento foi protocolado na Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado.
No pedido, Prates destaca a viagem realizada por Mário Frias para Nova York, nos Estados Unidos, entre os dias 14 e 19 de dezembro de 2021. Os gastos do secretário somaram R$ 39 mil aos cofres públicos.
Frias voou de classe executiva, cujas passagens aéreas possuíam o valor de R$ 26 mil. Ele recebeu R$ 12,8 mil em diárias e foi acompanhado de seu subsecretário-adjunto, Hélio Ferraz de Oliveira, que gastou outros R$ 39 mil. Ao todo, a viagem teve custo de R$ 78 mil, segundo dados do Portal da Transparência
O requerimento de Jean Paul Prates também menciona a viagem do subsecretário de Fomento e Incentivo à Cultura, André Porciúncula, a Los Angeles, nos Estados Unidos, em janeiro. Durante cinco dias, foram gastos cerca de R$ 20 mil em dinheiro público. Para o senador petista, o valor pode ser triplicado considerando que estavam com ele o coordenador-geral de relações multilaterais do Ministério do Turismo, Gustavo Torres, e o secretário de Audiovisual, Felipe Pedri.
“Recebemos com surpresa e preocupação as recentes notícias acerca das viagens do Secretário de Cultura e de seu Subsecretário de Fomento e Incentivo à Cultura. Dessa forma, há de se considerar e avaliar o impacto patrimonial à Administração Pública. Desse modo, busca-se apurar informações referentes ao excesso de gastos nas viagens”, diz o senador.
Na semana passada, o Ministério Público pediu que o Tribunal de Contas da União investigue a viagem de Mário Frias a Nova York. Alguns parlamentares, como a deputada federal Joice Hasselmann (União Brasil-SP), fizeram o mesmo pedido.
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