Compra de vacina

Covaxin: Governo nega irregularidades e diz que tomará medidas contra deputado

Ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Onyx Lorenzoni insistiu que há uma “narrativa contra o presidente Jair Bolsonaro para ligá-lo a atos de corrupção

Por Da redação
Publicado em 23 de junho de 2021 | 18:51
 
 
 
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Em coletiva de imprensa realizada na noite desta quarta-feira (23), o Ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Onyx Lorenzoni (DEM), afirmou que o governo “tomará medidas” contra denúncia do deputado federal Luis Miranda (DEM), de que havia irregularidade na negociação do Ministério da Saúde para compra da vacina indiana Covaxin. No discurso, o ministro insistiu que há uma “narrativa” contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), para ligá-lo a atos de corrupção. 

"A começar, o senhor presidente da República determinou ao ministro-chefe da Casa Civil que a Polícia Federal abra uma investigação sobre as declarações do deputado Luiz Miranda, sobre as atividades do seu irmão, servidor público do Ministério da Saúde e sobre todas as circunstâncias expostas no dia de hoje. Iremos solicitar um procedimento administrativo disciplinar junto à Controladoria Geral da União (CGU) para investigar a conduta do servidor, já que o documento que vou apresentar a seguir existem indícios de adulteração do documento, como vocês vão facilmente comprovar. Vamos solicitar uma perícia do documento à Polícia Federal e mais, vamos nesse PAD e, junto à Procuradoria da República, pedir a abertura de investigação do deputado Luiz Miranda e do servidor Luiz Ricardo Miranda, baseado no artigo 339 do código penal (denunciação caluniosa, do artigo 347, fraude processual). Além disso, será investigado o servidor por prevaricação", alegou Onyx.
 


"No dia 20 de março fui pessoalmente, com o servidor da Saúde que é meu irmão, e levamos toda a documentação para ele", disse o parlamentar que acusa o governo à Folha de São Paulo nesta quarta-feira (23). O deputado é irmão de Luis Ricardo Fernandes Miranda, chefe da divisão de importação do Ministério da Saúde, que relatou ao MPF (Ministério Público Federal) ter sofrido pressão incomum para assinar o contrato. O depoimento, dado em 31 de março, foi revelado pela Folha.

"(O governo de Jair Bolsonaro está no) trigésimo mês sem nenhum caso de corrupção e assim ele continuará. Porque gostem ou não, nós somos diferentes. Muito diferentes deles. Nosso compromisso é com o povo brasileiro. Nós compreendemos a pressa de alguns setores da imprensa brasileira pra se apegar a qualquer coisa, desde que este qualquer ataque o Presidente da República. Mais uma vez, como tem sido desde a campanha eleitoral, a verdade vai derrubar as mentiras e a tentativa de construir uma narrativa absolutamente falsa. O objetivo é tentar fazer com que o presidente Jair Bolsonaro possa em algum momento parecer semelhante ao que passou no Brasil, tocar as específicas de hoje mais uma vez tentam mentiras e construção de uma narrativa pra tentar afetar a imagem do presidente Bolsonaro", continuou o ministro. 

Onyx chegou a dizer que a denúncia poder ser a "maior fake news" da história, e defendeu que o governo que compõe está em "uma batalha do bem contra o mal". O coronel Antônio Elcio Franco Filho, ex-secretário-executivo do Ministério da Saúde e atual assessor especial da Casa Civil, apresentou documentos referntes às negociações, e pontuou valores que, de acordo com ele, demonstrariam que não houve irregularidades. O servidor público, irmão de Luis Ricardo, foi acusado de ter "adulterado" documentação durante o discurso de Onyx e o ministro afirmou que o deputado "pagará pelo que fez" na Justiça. 

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