Petrobras

CPI faz acordo para não chamar Dilma, Lula e Aécio

Comissão não chegou a votar quebra de sigilo de empreiteiras denunciadas pela Polícia Federal


Publicado em 05 de novembro de 2014 | 22:00
 
 
 
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BRASÍLIA. A CPI mista da Petrobrás aprovou nesta quarta nove requerimentos de convocação para depoimentos que serão realizados nas próximas semanas. Entre os nomes, não estão presentes membros do PT e PSDB que constavam nas listas de requerimentos, como a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), o tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, e o senador Aécio Neves (PSDB-MG). Também não foram votadas as quebras de sigilo de empreiteiras citadas na operação Lava Jato, da Polícia Federal.

Na sessão desta quarta, também foram aprovados requerimentos com pedidos de informações a empresas, sem a votação de nenhuma quebra de sigilo telefônico, fiscal ou bancário. Segundo o relator da CPI, deputado Marco Maia (PT-RS), não haveria tempo de analisar relatórios desse tipo, já que o fim da CPI está previsto para 18 de dezembro. “As propostas feitas pela oposição são muito extensas e não há um prazo hábil para você receber as informações e poder trabalhá-las”, disse. O acordo feito pelos parlamentares prevê que só haja quebra de sigilo se as empresas se recusarem a ceder informações. O líder do PPS na Câmara, Rubens Bueno protestou. “Nós apresentamos os requerimentos de quebra de sigilo das empreiteiras e, lamentavelmente, nós não vimos isso ser premiado em nenhum momento”, afirmou o parlamentar.

Explicações. O Tribunal de Contas da União (TCU) decidiu por unanimidade pedir explicações da Petrobras Biocombustíveis sobre possíveis irregularidades na compra de duas usinas de biodísel. A empresa tem dez dias, após ser notificada, para responder ao tribunal.

O TCU realizou auditorias preliminares em contratos e processos da Petrobras Biocombustíveis. Entre os documentos analisados, está a aquisição de 50% das usinas da Indústria e Comércio de Biodiesel Sul (BSBios) de Marialva, no Paraná, e de Passo Fundo, no Rio Grande do Sul. O tribunal ouvirá o presidente da empresa à época, Miguel Rossetto, atual ministro do Desenvolvimento Agrário.

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