Deputada critica exigências de colegas feitas a Romeu Zema

A deputada Laura Serrano (Novo), que faz parte do bloco da base na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), criticou os colegas de Parlamento por “condicionar a tramitação do projeto de reforma administrativa a indicação de cargos políticos no interior e a emendas Orçamentárias para atender base”. Ela ainda ressaltou que “confia muito nas diretrizes que estão sendo apontadas pelo governo do Novo para o Estado”. 

“É um absurdo porque a matéria deveria ser analisada pela ótica de que se ela realmente gera resultados bons para os mineiros ou não. Na verdade, o que está acontecendo e foi explicitamente mostrada na matéria da última sexta-feira é que o conteúdo da reforma em si não é tão importante para a aprovação ou não da reforma. Ou seja, o impacto que vai ser levado para os mineiros não está sendo avaliado, mas sim um jogo de barganha onde a Assembleia só aprova uma reforma se ela tiver cargos a serem indicados no interior, se ela tiver emendas Orçamentárias”, declarou Laura Serrano.

A parlamentar procurou O TEMPO para comentar reportagem, publicada na última sexta-feira, em que o líder do bloco da base na Casa, Gustavo Valadares (PSDB), afirmou que é grande o risco de a reforma administrativa não ser aprovada no Legislativo ou sofrer mudanças drásticas no texto se o governador Romeu Zema não melhorar o relacionamento com a Casa. 

No texto é dito que as reclamações na Assembleia contra o Executivo são várias, como o fato de o governador não liberar emendas para atender demandas das bases eleitorais, não aceitar indicações política em cargos regionais, crer que os deputados devam aprovar propostas a toque de caixa, viajar ao interior sem informar os deputados locais e “demonizar” os políticos, intitulando-os como “velha política”. 

A deputada ainda disse que “jamais vai compactuar” com esse tipo de conduta e que diferentemente do que alguns deputados têm dito, o diálogo com o Executivo em relação ao projeto de reforma administrativa existiu.

Ela lembrou que foram realizadas reuniões separadas com cada um dos quatros blocos da Casa para explicar a proposição e que uma audiência pública sobre o tema foi feita. “A construção da solução é conjunta, mas a gente jamais pode condicionar a análise de uma matéria tão importante pra tirar Minas do vermelho a interesses relacionados a indicações e emendas”, afirmou a deputada.