Máscaras

Dilma e Lula são os preferidos

Vendidos a R$ 8 no centro da capital, acessórios de políticos são as mais procuradas por foliões

Por Larissa Veloso
Publicado em 24 de janeiro de 2016 | 03:00
 
 
 
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Não é só nas marchinhas que os políticos vão aparecer no Carnaval 2016. Assim como no ano passado, as máscaras de deputados e outras autoridades já estão sendo procuradas nas lojas de fantasias de Belo Horizonte. “A demanda aumentou esse ano. Já vendemos quase todas”, revela Rosane Costa de Andrade, uma das donas da loja Branca de Neve, no centro da cidade.

As mais procuradas, segundo ela, são as máscaras da presidente Dilma Rousseff, do ex-presidente Lula e do ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa. Personalidades presas nos casos mensalão e Lava Jato também são rostos estampados nas máscaras como o ex-presidente do PT, José Genoino e o ex-diretor da Petrobras, Nestor Cerveró. Não importa o tamanho do escândalo nem a fama do personagem, todas as máscaras têm o mesmo preço: R$ 8.

Com tanta procura, Rosane afirma que ainda irá providenciar novas encomendas para este Carnaval. A máscara de Nestor Cerveró, que não estava no estoque da loja, tem sido procurada.
Segundo a lojista, ainda não houve procura pela máscara do “japonês da Federal”, o agente da Polícia Federal (PF) Newton Ishii, famoso por aparecer sempre ao lado dos presos da operação Lava Jato.

As máscaras do agente estão sendo confeccionadas usando um modelo parecido, mas não exato ao do profissional. Isso porque Ishii não é uma figura pública, e a fábrica poderia ser processada.

Bonecão. Mas o sucesso dele é tanto que, além de ganhar marchinha e máscara, Ishii também está sendo transformado em bonecão para o desfile de Olinda (PE). A confecção do boneco já foi autorizada pelo comando da PF. Assim como o agente, o juiz Sérgio Moro, que conduz os processos da Lava Jato em Curitiba também ganhou sua versão bonecão de Olinda para este Carnaval.

Vivendo seus dias de “celebridade” com as prisões dos envolvidos no escândalo de corrupção na Petrobras, o “japonês da Federal” está tendo que conviver com a fama. Convidado para desfilar no bloco Siri na Lata, também de Pernambuco, no próximo dia 29, Newton Ishii decidiu não aceitar. Tanto a corporação quanto o agente temem interpretações equivocadas sobre a presença dele em um bloco carnavalesco.

Mas não é só no Carnaval que as máscaras de políticos são procuradas, conta a vendedora. “Vendemos o ano inteiro. Sempre tem alguém querendo fazer uma piada, e também sai muito quando tem greves e passeatas”, revela a lojista. Apesar do gosto dos foliões pelas máscaras de políticos, a vendedora disse que esse ano a crise afetou o desempenho das vendas. “Normalmente era para termos começado as vendas de Carnaval mais cedo. Neste ano foi só nessa semana que a procura começou mesmo”, afirma Rosane”. 

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