Pré-candidato pelo PSDB à Presidência da República, João Doria afirmou em sabatina na Marcha de Prefeitos, em Brasília, espelhar-se no ex-governador de São Paulo André Franco Montoro (1983-1987) para ser, caso eleito, um “presidente municipalista”.
“Tive o privilégio de conhecer André Franco Montoro e coordenar as campanhas dele. O primeiro governador municipalista do Brasil. Durante a (minha) campanha, em 2018, eu afirmei aos prefeitos de São Paulo de que eu seria municipalista. E que criaria a Secretaria de Desenvolvimento Regional, que foi ocupada por Marco Vinholi”, disse Doria. Vinholi, hoje, está na coordenação da pré-campanha de Doria.
Doria foi o segundo sabatinado na Marcha dos Prefeitos. A primeira, Simone Tebet (MDB). Seguindo a senadora Tebet, Doria também disse que respeitará os municípios e não sancionará projetos que criem gastos sem apontar a fonte de recurso.
“Governo não pode centralizar as decisões. Governo precisa de ministros e ministras melhores que o presidente da República. A melhor política é a que você faz com talento. Políticas públicas exigem pessoas comprometidas com políticas públicas”, afirmou o tucano.
Ao ser questionado sobre R$ 42 bilhões do Orçamento da União que apontam municípios como beneficiários em “restos a pagar”, Doria disse que assumiu o governo paulista com 30 grandes obras paralisadas.
Doria afirmou que não criticou os antecessores, todos tucanos desde 1995, porque o correto é “acordar cedo, dormir mais tarde e trabalhar”.
“Assumimos com 30 grandes obras paralisadas. Agora, 29 estão em andamento. A última será o Rodoanel que será finalizado pelo meu sucessor Rodrigo Garcia”, disse.
No final, pré-candidato caminhou entre prefeitos “para olhar nos olhos de vocês” e pediu que os chefes de Executivo olhassem para sua “alma”.
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