O governador de São Paulo e pré-candidato do PSDB à Presidência da República, João Doria, afirmou que tem boas relações tanto com o ex-ministro Sergio Moro como com a senadora Simone Tebet, e não descartou a possibilidade de uma aliança com um deles ou com os dois. O ex-juiz é pré-candidato do Podemos e a senadora foi indicada pelo MDB para o Palácio do Planalto. As declarações de Doria foram feitas em entrevista à "CNN Brasil", um dia após ele ter seu nome confirmado como vencedor das prévias no PSDB.
"Sim. É possível (uma aliança). Eu tenho boas relações com Sergio Moro e tenho respeito por ele. E mantemos boas relações. Aliás, não haveria nenhuma razão para não manter boas relações com alguém que ajudou o Brasil, com alguém que contribuiu com a Lava Jato. Assim como Simone Tebet, uma brilhante senadora da República. Muita admiração com ela, nos damos muito bem. O senador Rodrigo Pacheco também é uma pessoa de bem, mineiro, com boa postura, com bom equilíbrio. Há vários bons pré-candidatos, que merecerão boas conversas com o PSDB, conosco e, da nossa parte, com eles também nós temos que estar juntos para termos um projeto para todos os brasileiros e para o Brasil", afirmou João Doria.
Para o governador de São Paulo, que não tem pontuado bem nas pesquisas e aparece com forte rejeição, não são apenas os levantamentos dos institutos que devem ser levados em consideração para a escolha do nome.
"A pesquisa não é o único elemento necessário para isso. Você tem que ter a pesquisa, obviamente, é parte integrante, mas você tem que ter a composição de forças que este candidato ou esta candidata possa representar. E, além disso, a capacidade de fazer o enfrentamento com Lula e com Bolsonaro. Eu quero estar distante desses dois e ambos já sabem, tanto Lula quanto Bolsonaro, que eu os combaterei. Serei muito duro contra Lula e contra Bolsonaro também", disparou, completando: "É preciso que, além da pesquisa, você tenha a capacidade competitiva do candidato. A capacidade aglutinadora do candidato e a capacidade também de gerar esperança na população. Não é só pesquisa. Até porque, se fosse pesquisa, não precisaria ter eleição."