‘É barbaridade fazer um RRF com 4 paulistas e 3 cariocas’, critica Kalil

O candidato ao governo de Minas Gerais Alexandre Kalil (PSD) garantiu que pretende renegociar a adesão do Estado ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF) da União. O ex-prefeito de Belo Horizonte foi o entrevistado nesta quarta-feira (27) do Café com Política, do programa Super N 1ª Edição, da Rádio Super 91,7 FM. 

Kalil afirmou que é uma “barbaridade” fazer um regime “com quatro paulistas e três cariocas em cima da coxa” em crítica ao secretariado do governador Romeu Zema (Novo). “Isso é um negócio amplo, senão vai fazer igual ao Rio Grande do Sul e ao Rio de Janeiro. Fizeram em cima da perninha e tudo está por água abaixo”, questionou.

O candidato ao governo de Minas pelo PSD, Alexandre Kalil, disse que o estado está quebrado. "O outro governo deixou R$ 100 bilhões de dívidas e hoje temos R$ 150 bilhões. O estado tá muito pior do que ele pegou. E nós temos que sentar e conversar com o governo federal." pic.twitter.com/v7T5bCS3Tf

— O Tempo (@otempo) July 27, 2022

O candidato ao governo de Minas reforçou que a adesão deve ser discutida diretamente com a presidência da República. “Temos que abrir 11 hospitais regionais, porque eles prometeram e não abriram. Nós temos que pelo menos realinhar esses servidores públicos a uma realidade atual para ficar nove anos sem aumento. Nós temos que compor os quadros da Educação, da Saúde e da Segurança”, disse.

Entretanto, o ex-prefeito ironizou o impasse entre Zema e a Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) durante o debate da adesão ao RRF. “Agora, para o governo atual foi bom, porque foi o único governo da história de Minas que não pagou R$ 1 para ninguém com uma liminar do outro governo, que também foi muito ruim”, apontou, se referindo ao ex-governador Fernando Pimentel (PT), hoje, inclusive, seu aliado.

Por “omissão do Legislativo”, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Kássio Nunes Marques autorizou o Estado a aderir ao RRF mesmo sem o projeto de lei ser aprovado pela ALMG. Lá desde outubro de 2019, o texto sequer iniciou a tramitação na Casa. Embora o projeto tenha recebido urgência em duas diferentes oportunidades, parlamentares avaliavam com resistência a medida.