O prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), disse nesta quarta-feira (22) que é “uma boa ideia” uma chapa com o presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), Agostinho Patrus (PV) para disputar o governo de Minas nas próximas eleições
Apesar disso, Kalil disse que não há nada fechado. “Isso é uma boa ideia, mas ainda não tenho compromisso com ninguém”, respondeu o prefeito de Belo Horizonte em entrevista concedida ao programa Alerta Super, da rádio Super 91,7 FM.
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Kalil falou sobre as especulações de que ele será parte de uma chapa à presidência da República para as próximas eleições. O nome do prefeito de Belo Horizonte é especulado como vice de Ciro Gomes ou de Lula.
Kalil, no entanto, disse que não recebeu nenhum convite e tudo que ouviu sobre o assunto foi pela imprensa ou por políticos. “Mas ninguém me convidou”, afirmou.
O prefeito de Belo Horizonte também respondeu se irá deixar o cargo antes de abril, prazo máximo exigido pela Justiça Eleitoral para poder ser candidato.
“É claro que se eu for candidato, tenho que sair. Não sei [se vou sair antes de abril]. Não pensei nisso”, afirmou Kalil. "Não tem nada de espetacular, fabuloso, ninguém tem inveja da minha administração. Eu faço lá o beabá com muito carinho, com o meu conhecimento. Como fiz no Atlético. Deixei um clube melhor do que eu peguei e estou deixando a prefeitura muito melhor do que eu peguei. Se um dia eu vier a ser uma coisa além disso, espero deixar melhor do que eu peguei”, disse o prefeito.
Um dos desafios de Kalil, se decidir ser mesmo candidato ao governo de Minas, é a capilaridade e o apoio no interior. Nos bastidores, políticos mineiros avaliam que ele teria mais força na região metropolitana de Belo Horizonte, enquanto o governador Romeu Zema (Novo) seria mais forte no interior. Zema, inclusive, tem intensificado as viagens por todo o Estado, anunciando obras que serão feitas, principalmente, com recursos do acordo com a Vale.
Para Kalil, uma boa administração na capital mineira acaba tendo impacto no restante do Estado. “Eu até não sabia disso, mas a administração de Belo Horizonte reverbera muito no interior. Agora, isso a gente tem que ver, são pesquisas, é ciência. A gente tem que ver qual é o plano político, qual que é o abraço que Minas tem que se dar. Minas não tem que falar no passado. O passado passou”, afirmou o prefeito de Belo Horizonte.
O chefe do Executivo de Belo Horizonte comentou a sua relação com o governador Romeu Zema, provável adversário no pleito do ano que vem. Os dois já trocaram farpas pela imprensa no passado, principalmente discordâncias sobre medidas para o enfrentamento à Covid-19.
“A relação é cordial. Toda vez que a gente tem que conversar a gente conversa, mas houve um distanciamento desde a pandemia”, disse.