A federação partidária formada pelo PSDB e pelo Cidadania homologou, nesta quarta-feira (27), o apoio à candidatura da senadora Simone Tebet (MDB) à presidência da República. Os partidos realizaram a convenção nacional simultânea à do MDB e aprovaram a posição por unanimidade.
Após o evento, dirigentes das duas legendas minimizaram o desempenho tímido de Tebet nas pesquisas. Nos levantamentos, ela tem cerca de 2% das intenções do voto, empatada entre o quarto e quinto lugares com André Janones (Avante).
O presidente do PSDB, Bruno Araújo, disse que a senadora tem um “nível de desconhecimento exponencialmente maior que o dos outros candidatos” e que por isso, ainda teria um potencial de crescimento entre os eleitores.
Também vai caber aos dois partidos indicar o candidato a vice na chapa de Tebet. A expectativa, segundo Bruno Araújo, é que a decisão saia até o fim da semana.
O nome preferido de Simone Tebet é o do senador Tasso Jereissati (PSDB–CE). Porém, passou a ser visto como pouco provável que ele aceite a função. Segundo Bruno Araújo, o parlamentar tem prioridade para ocupar a vaga
“Estamos conversando com senador Tasso e outras lideranças do PSDB e Cidadania no dia de hoje, mas vamos trabalhar para fazer da forma mais rápida possível”, disse Araújo.
Com isso, a senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA) é o nome da vez. A possível composição é vista com bons olhos pelos dirigentes partidários por ser a primeira chapa inteiramente feminina entre grandes partidos em disputas presidenciais. Também conta a favor de Eliziane o fato de ela ser do Nordeste e evangélica.
No entanto, dentro do PSDB e do Cidadania, também existem grupos que preferem outras candidaturas ao Planalto. Em Minas Gerais, por exemplo, o candidato tucano ao governo do estado, Marcus Pestana, já declarou apoio a Ciro Gomes (PDT).
No início do ano, o PSDB chegou a ter dois pré-candidatos à presidência: o ex-governador de São Paulo, João Doria, e o ex-governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite. Eles disputaram as prévias internas, com vitória de Doria, que depois não conseguiu apoio na executiva nacional para persistir com a pré-candidatura.
Já o Cidadania lançou o senador Alessandro Vieira. Porém, após desavenças com o presidente do partido, Roberto Freire, ele retirou sua pré-candidatura e trocou a sigla pelo PSDB.
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