Pandemia

Europa tem protestos contra restrições em meio ao aumento de casos da Covid-19

Continente registrou, na semana passada, um crescimento de 18% no número de infecções

Por Folhapress
Publicado em 21 de março de 2021 | 12:49
 
 
 
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A terceira onda da Covid-19 segue avançando neste domingo (21) na Europa, com protestos contra as restrições como pano de fundo. 

Esta semana, 465.300 novas infecções foram registradas todos os dias no mundo. Com exceção da África e Oriente Médio, todas as regiões registraram altas: 34% na Ásia, 18% na Europa, 15% nos Estados Unidos/Canadá e 5% na América Latina e Caribe.

Dado o aumento dos casos da Covid-19 nos Estados-membros, o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, decidiu que os dirigentes da União Europeia (UE) se reunirão na quinta e sexta-feira à distância, e não em Bruxelas, informou um porta-voz.

Diante do aumento das infecções, alguns estados da Alemanha defendem a extensão das restrições impostas para conter o vírus até o mês de abril, segundo documento consultado pela AFP, apesar do cansaço dos cidadãos com essas medidas.

No sábado (20), milhares de pessoas protestaram em vários países europeus (Alemanha, Holanda, Áustria, Bulgária, Suíça, Sérvia, Polônia, França e Reino Unido), bem como no Canadá, contra a "ditadura" das restrições sanitárias.

Pelo menos 36 pessoas foram presas e vários policiais ficaram feridos em Londres durante um dos protestos. 

Em Cassel, no centro da Alemanha, houve confrontos com as forças da ordem, que fizeram uso de spray de pimenta, cassetetes e canhões d'água.

"A covid é uma farsa", dizia as faixas de manifestantes, de Montreal a Belgrado. 

Essa onda de descontentamento coincidiu com a entrada em vigor de um terceiro confinamento para 21 milhões de franceses, incluindo parisienses, embora menos estrito do que os anteriores, e um confinamento parcial na Polônia.

O governo polonês havia aliviado a pressão em fevereiro, autorizando a reabertura de hotéis, museus, cinemas, teatros e piscinas com capacidade limitada, e agora teve que voltar atrás.

Os governos também se esforçam para intensificar a vacinação, quando a pandemia já matou pelo menos 2.710.382 pessoas no mundo, segundo balanço apurado pela AFP neste domingo (21).

Depois de enfrentar temores sobre supostos efeitos adversos nas últimas semanas, a vacina AstraZenenca, que vários países europeus vêm administrando novamente desde sexta-feira, agora enfrenta uma ofensiva da UE por atrasos nas entregas. 

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, ameaçou no sábado bloquear as exportações da vacina, caso a UE não receba primeiro as doses acordadas. 

O ministro da Defesa britânico, Ben Wallace, alertou hoje na SkyNews que o bloqueio seria "contraproducente" para "um bloco comercial que se gaba de [cumprir] a lei".

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