São Paulo. Dois executivos da cúpula da Camargo Corrêa fecharam um acordo de delação premiada com procuradores da operação Lava Jato. O presidente da empreiteira, Dalton Avancini, e o vice, Eduardo Leite, são os primeiros integrantes de uma empreiteira de grande porte que decidem colaborar com as investigações para tentar obter uma pena menor.
Os procuradores, no entanto, recusaram o acordo com João Auler, presidente do conselho de administração. Segundo a “Folha de S. Paulo”, o acordo foi recusado porque os procuradores consideram que o executivo não contará tudo o que sabe sobre as irregularidades em que a empresa está supostamente envolvida.
Com os novos acordos, a Lava Jato passa a ter 15 delatores. A expectativa dos procuradores é que os executivos revelem, além dos problemas da Petrobras, irregularidades na construção da usina de Belo Monte, na Amazônia.
Os dois novos delatores acertaram o pagamento de uma multa que ultrapassar R$ 10 milhões. A dupla deve ser solta nos próximos dias. Os três estão presos desde novembro de 2014.
Procuradores acusam a Camargo Corrêa de ter pago R$ 40 milhões em propina para conseguir contratos como o da construção da refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, e outro no Paraná.