Rachadinha

Fabrício Queiroz negocia delação premiada com o MP do Rio, diz CNN

Conversas estariam em estágio avançado e as demandas do ex-assessor de Flávio Bolsonaro seriam ser transferido para prisão domiciliar e a proteção de sua família

Por Da redação
Publicado em 26 de junho de 2020 | 19:01
 
 
 
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O ex-assessor parlamentar de Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) enquanto ele ainda era deputado estadual pelo Rio de Janeiro, Fabrício Queiroz, estaria negociando com o Ministério Público estadual um acordo de delação premiada. A informação é da CNN.

Ainda segundo a apuração da emissora, as conversas estariam em estágio avançado, e as demandas de Queiroz seriam ser transferido para prisão domiciliar e a proteção de sua família – a mulher dele, Márcia Oliveira de Aguiar, é considerada foragida da Justiça. Ele foi preso no dia 18 em uma casa do então advogado de Flávio, Frederick Wassef, em Atibaia (SP). 

Além de poder esclarecer como funcionava o suposto esquema de “rachadinha” na Assembleia, a expectativa é que Queiroz elucide fatos sobre a milícia. Ele era próximo, por exemplo, do ex-policial militar Adriano da Nóbrega, que seria chefe da milícia e foi assassinado em uma operação policial na Bahia, em fevereiro – a mãe e a mulher dele foram empregadas no gabinete de Flávio, sob indicação de Queiroz.

Um dia

A informação surge um dia depois de Flávio conseguir uma vitória na Justiça. Na quinta-feira, o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro concedeu a ele foro especial nas apurações das “rachadinhas”. Além de ter sofrido com decisões contrárias na Justiça de primeira instância, havia informações que o Ministério Público estaria prestes a denunciá-lo como chefe do esquema que teria desviado ao menos R$ 2 milhões dos cofres públicos. 

A expectativa da defesa do hoje senador seria que Queiroz conseguisse ser julgado também na segunda instância – com o argumento de que os dois estariam sendo acusados do mesmo crime. Nos bastidores, a avaliação era que ele é um homem de família e as decisões contra sua mulher na Justiça comum e futuras ações mirando os filhas pudessem fazer justamente com que ele aceitasse um acordo de delação.

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