A federação partidária formada pelas siglas PT, PCdoB e PV foi oficializada, nesta terça-feira (12), com o registro da composição do diretório em Minas no Tribunal Regional Eleitoral (TRE), em Belo Horizonte.
O presidente do PT no estado, o deputado estadual Cristiano Silveira, vai presidir também a federação batizada de Brasil da Esperança (Fe Brasil). A aliança ainda tem Wadson Ribeiro (PCdoB) como primeiro vice-presidente e Osvander Valadão (PV), vice-presidente.
O estatuto da federação é único nos âmbitos nacionais e estaduais, com as comissões executivas tendo duração de um ano, com rodízio entre os presidentes de cada um dos partidos. No entanto, existe a possibilidade de recondução em caso de decisão unânime.
Na esfera nacional, a primeira presidente será a deputada Gleisi Hoffmann (PT), a primeira vice-presidente, Luciana Santos (PCdoB), e o segundo vice, José Luís Penna (PV).
Apesar da construção da federação ter sido costurada por dirigentes das Executivas nacionais, em Minas não houve resistência para que diretórios estaduais reproduzissem o casamento partidário.
“Hoje, fechamos uma parte desse ciclo da construção que é a construção da federação para disputa 2022. Vamos trabalhar para dar a Lula uma grande votação em Minas”, resumiu Cristiano Silveira, presidente mineiro da Fe Brasil.
O primeiro evento como a federação oficializada está marcado para 24 de julho na convenção partidária conjunta, onde serão referendadas as alianças, chapas e os nomes dos pré-candidatos em evento na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG).
Um dos principais pontos da federação é que os partidos precisam estar alinhados com decisões conjuntas durante todo o mandato eleito, ou seja, pelos próximos quatro anos.
“Isso vai dar aos partidos uma unidade programática maior. As coligações tinham caráter pragmático, se fazia baseado na possibilidade de eleição, passado esse período, os deputados eleitos não tinham compromisso com a governabilidade”, defendeu Wadson Ribeiro, presidente do PCdoB mineiro.
Com a chapa majoritária em Minas fechada com o ex-presidente Lula para Presidência (PT), o pré-candidato ao Governo Alexandre Kalil (PSD), com o vice André Quintão (PT) e Alexandre Silveira (PSD) para o Senado, PcdoB e PV dividem a indicação de deputados federais e estaduais.
“O que vai acontecer é que vamos agrupar os nossos quadros, seja diretivos de Executiva e diretórios, mas também nossas bancadas. Uma bancada grande na Assembleia colabora com essa construção que a gente tanto aspira”, afirma Osvander Valadão, presidente do PV no estado.
Entre os comunistas, o próprio Ribeiro e o ex-prefeito de Uberaba Anderson Adauto são pré-candidatos a deputados federais. No âmbito estadual, as principais apostas são Celinho Sintrocel, Jô Moraes, o ex-prefeito de Januária Marcelo Félix e o vereador de Betim Tiago Santana.
No caso dos verdes, nacionalmente, o objetivo é eleger de onze a 15 deputados federais. Já em Minas, a busca é subir de seis deputados estaduais e um federal para dois nomes verdes no Congresso Nacional e oito na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG).
Entre as apostas do PV despontam os deputados Mário Henrique Caixa, Herly Tarquínio, Inácio Franco, Betinho Pinto Coelho e professor Cleiton.