O senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) admitiu, em depoimento ao Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ), que o ex-capitão do Bope Adriano da Nóbrega, apontado como chefe de uma mílicia no Estado e morto em fevereiro quando era perseguido pela Polícia Militar da Bahia, foi seu instrutor de tiro. Ele afirmou também que foi Fabrício Queiroz quem os apresentou. Familiares de Adriano da Nóbrega trabalharam em gabinetes da família Bolsonaro. As informações foram divulgadas pelo jornal "O Globo", que divulgou áudios do depoimento.
"Conheci Adriano dentro do Bope, ele me dando instrução de tiro. (Foi) por intermédio do Queiroz, que serviu com ele no batalhão, não sei qual", afirmou Flávio Bolsonaro, em referência à amizade dos policiais construída no 18º Batalhão de Polícia Miliar, em Jacarepaguá, onde tanto Queiroz quanto Adriano trabalhavam.
O senador disse que gostava de conhecer policiais que atuavam nas ruas, no combate direto.
Por conta da proximidade, Adriano da Nóbrega e outros sete policiais militares foram homenageados pelo então deputado estadual Flávio Bolsonaro na Assembleia Legislativ ado Rio de Janeiro. Logo em seguida, porém, o miliciano foi preso pela primeira vez e passou a ser alvo de processos por homicídio, tortura e extorsão.