POLÍTICA

Governo Dilma apresenta R$ 89,7 milhões em gastos secretos com cartão corporativo

Presidência da República foi o órgão que mais se utilizou do serviço e gastos não podem ser divulgados, segundo legislação

Por DA REDAÇÃO
Publicado em 19 de março de 2012 | 17:09
 
 
 
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O Contas Abertas informou nesta segunda-feira (19) que os gastos secretos do governo federal brasileiro, com o cartão corporativo, foram de R$ 89,7 milhões nos três primeiros anos de governo Dilma Rousseff. Esses gastos não podem ser divulgados, de acordo com a legislação, “para garantia da segurança da sociedade e do Estado”.

De acordo com os dados divulgados, a Presidência da República foi o órgão que mais se utilizou do serviço. Ao todo, R$ 48,5 milhões foram gastos nesse período. Em seguida vem o Ministério da Justiça, com gasto de R$ 39,9 milhões. O Gabinete da Vice-Presidência da República aparece em terceiro lugar, mas com uma cifra bem mais baixa, R$ 672 mil. Ministério da Fazenda, com R$ 488 mil, e Ministério da Defesa, com R$ 92 mil, fecham a conta.

Dentro dos gastos da Presidência, a Agência Brasileira de Inteligência (ABIN) foi responsável por R$ 29,3 milhões, ou 61,8%. O restante, cerca de R$ 18,1 milhões, foi usado por cartões corporativos da Secretaria de Administração da Presidência da República.

O Ministério da Justiça gastou os R$ 39,9 milhões quase que integralmente com o Fundo para Aparelhamento e Operacionalização das Atividades-Fim da Polícia Federal, divididos em superintendências regionais da PF nos Estados, Coordenação de Administração, Diretoria Técnico-Científica e outras unidades vinculadas à Polía Federal.

Ministério da Fazenda e Ministério da Defesa gastaram, nesse período, com investigações da Receita Federal, Polícia Civil, Exército, Marinha, Aeronáutica e outros setores.

Segundo a Controladoria Geral da União (CGU), os servidores se pautam em princípios, como da legalidade, moralidade e eficiência, para usar o cartão corporativo em gastos chamados de suprimento de fundos. Apesar de haver um prazo para esses servidores relatarem e comprovarem seus gastos aos controladores de despesas de cada instituição, não há um controle na internet, como se tem com os cartões.

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