FIM DA LICITAÇÃO

5G: Valor arrecadado no leilão fica abaixo da expectativa do governo

Governo esperava arrecadar R$ 50 bilhões. Ministro das Comunicações, Fábio Faria, informa que foram arrematados R$ 46,7 bilhões

Por Luana Melody Brasil
Publicado em 05 de novembro de 2021 | 11:21
 
 
 
normal

Os resultados do leilão do 5G, encerrado na manhã desta sexta-feira (5) na sede da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), em Brasília, ficaram um pouco abaixo das expectativas do governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), representado pelo ministro das Comunicações, Fábio Faria. 

As 15 propostas de empresas e consórcios de telecomunicações recebidas pela Anatel começaram a ser analisadas na quinta-feira (4). A expectativa do governo era arrematar R$ 50 bilhões. Ao final, foram arrecadados R$ 46,7 bilhões. Isso porque nem todos os lotes foram arrematados.

Mesmo assim, o ministro comemorou o que considera um sucesso da licitação, pois os valores do leilão do 3G (R$ 7 bilhões), do 4G (R$ 12 bilhões) e a privatização da Telebrás (R$ 22 bilhões), somados, não chegaram ao total arrecadado no 5G. Segundo o ministro, os lotes que não foram arrematados vão ficar para o próximo ano. 

“Alguns lotes que têm modelos de negócios que ainda não estão bem definidos, podem ser comercializados em breve. Podemos deixar à disposição, quem sabe no próximo ano, no primeiro ou segundo semestre, que reteremos valores que serão arrecadados para fazer mais investimentos”, explicou Faria.

Por ser um leilão não arrecadatório, o valor arrematado será revertido em contrapartidas das vencedoras, com investimentos em infraestrutura para ampliação da cobertura de 4G em rodovias federais, escolas e comunidades com mais de 600 habitantes onde ainda não há acesso à internet.

Além disso, as empresas serão responsáveis pela infraestrutura necessária para a oferta de 5G e para a instalação da rede privativa, reservada ao governo federal.

De acordo com o cronograma do edital, todas as capitais brasileiras vão contar com o 5G até julho de 2022. Ainda de acordo com o cronograma, as cidades com mais de 500 mil habitantes vão receber a tecnologia até julho de 2025. 

Depois serão atendidas as cidades com mais de 200 mil habitantes, com previsão até julho de 2026. Para as cidades com mais de 100 mil habitantes, a previsão é até julho de 2027. E finalmente, as cidades com mais de 30 mil habitantes serão contempladas até julho de 2028.

O TEMPO agora está em Brasília. Acesse a capa especial da capital federal para acompanhar o noticiário dos Três Poderes.

Notícias exclusivas e ilimitadas

O TEMPO reforça o compromisso com o jornalismo profissional e de qualidade.

Nossa redação produz diariamente informação responsável e que você pode confiar. Fique bem informado!