POLÍTICA INTERNACIONAL

Bolsonaro aceita convite de Biden e irá à Cúpula das Américas

Também está previsto um encontro bilateral entre os dois presidentes, segundo o Itamaraty

Por Levy Guimarães
Publicado em 26 de maio de 2022 | 13:51
 
 
 
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O presidente Jair Bolsonaro aceitou o convite feito pelo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, para participar da Cúpula das Américas, informou o Ministério das Relações Exteriores nesta quinta-feira (26).

O evento acontecerá entre os dias 6 e 10 de junho, em Los Angeles, e tem como objetivo reunir os chefes de Estado do continente para discutir, entre outros assuntos, o fortalecimento da democracia na região.

Ainda segundo o Itamaraty, está prevista uma reunião bilateral entre Bolsonaro e Biden durante o evento, em data e local a serem divulgados. Este será o primeiro encontro entre os dois.

Inicialmente, o líder brasileiro não havia manifestado intenção de participar da Cúpula, pois estaria priorizando assuntos domésticos devido às eleições. Porém, ele teria sido convencido após receber uma visita, no Palácio do Planalto, do enviado especial americano para a Cúpula, Christopher Dodd, na última terça-feira (26).

Em nota após o encontro, Dodd disse ter demonstrado a Bolsonaro "desejo de que o Brasil seja um participante ativo da Cúpula, pois reconhecemos a responsabilidade coletiva de avançar para um futuro mais inclusivo e próspero".

O encontro entre Bolsonaro e Biden é visto como uma oportunidade de reatar a relação entre os dois. Durante as últimas eleições americanas, em 2020, o brasileiro manifestou apoio ao então presidente Donald Trump e foi um dos últimos líderes mundiais a reconhecer a vitória de Joe Biden.

Esvaziamento

Outra razão para a insistência no convite ao presidente brasileiro é que há o receio, no governo americano, de que o evento seja esvaziado, o que mostraria uma influência menor dos Estados Unidos sobre assuntos do continente.

Um dos motivos foi o fato de Nicarágua, Venezuela e Cuba, consideradas párias pelos EUA, não terem sido convidadas para a conferência. Como represália, governos como  México, Bolívia, Honduras anunciaram que pretendem boicotar o evento caso não sejam convidados todos os países do continente.

Os EUA voltam a priorizar a Cúpula das Américas após dar menor importância ao evento durante o governo Trump. Em 2018, o então presidente chegou a não participar.

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