FRAUDE EM DOCUMENTOS

Bolsonaro diz que Exército pediu investigação da PF: 'Pode haver corrupção'

Presidente afirmou que o próprio Exército pediu a investigação deflagrada pela Polícia Federal sobre falsificação de documentos para facilitar venda e porte de armas no RJ

Por Luana Melody Brasil
Publicado em 10 de fevereiro de 2022 | 19:55
 
 
 
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O presidente da República Jair Bolsonaro (PL) iniciou a live desta quinta-feira (10) com um balanço das notícias recentes envolvendo o governo federal e instituições vinculadas. 

Uma dessas notícias comentadas foi sobre a deflagração da operação da Polícia Federal contra um esquema de falsificação de documentos do Exército para facilitar a venda e o porte de armas no Rio de Janeiro. A operação ocorreu na manhã desta quinta-feira.

"Olha, quem pediu essa investigação e ela foi feita em conjunto, foi o próprio Exército Brasileiro. Pediu para que a Polícia Federal pudesse trabalhar em conjunto para ir atrás de quem está fraudando documentos lá no SFPC [Serviço de Fiscalização de Produtos Controlados]", declarou o presidente, ao lado do ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho.

Bolsonaro reclamou que a imprensa "dá a entender" que a operação da PF "foi pra cima de corruptos do Exército Brasileiro".

"Pode haver corrupção no Exército? Pode haver, são seres humanos que estão lá. Se houver, nós vamos colaborar na investigação, como nós propomos aqui e pedimos o apoio da Polícia Federal para pegar esse pessoal aqui que estava aí fraudando documentos de CACs", disse o mandatário.

O registro de Caçador, Atirador e Colecionador (CAC) é obrigatório para quem quer comprar ou possuir armas. A expedição legal deles depende, por exemplo, de avaliações psicológicas e testes de capacidade técnica — mas, na fraude, os papéis falsos saíam sem qualquer fiscalização.

A liberação da caça é uma das promessas de campanha de Jair Bolsonaro. Desde que ele assumiu a presidência, o governo federal já publicou 37 decretos, portarias e projetos de lei que facilitam o acesso a armas e reduzem a fiscalização dos CACs.

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