O presidente Jair Bolsonaro (PL) contou, na manhã desta quinta-feira (14), que conversou novamente com os irmãos do tesoureiro municipal do PT Marcelo Arruda, assassinado por Jorge Guaranho, policial penal declaradamente apoiador de Bolsonaro.
"Eu conversei com dois irmãos [do petista], eles disseram que votaram em mim, que continuarão votando. Agora de manhã, conversei novamente com eles. Eles devem nos visitar nos próximos dias. Parece que eles não gostaram da visita da Gleisi [Hoffmann, deputada federal pelo Paraná e presidente do PT]", afirmou, referindo-se à presença da presidente do partido no velório do petista no domingo (10), em Foz do Iguaçu, no Paraná.
"Não justifica isso daí. Quando tentam colocar no meu colo esse violência, como se eu fosse uma pessoa que propaga a violência, não cola. Repito, de 2016 para 2021, menos 20 mil mortes ocorreram", disse o presidente na defensiva, sem especificar a quais tipos de mortes se referia.
As declarações foram feitas a jornalistas que acompanhavam a agenda do chefe do Executivo federal em Vitória do Mearim, no Maranhão.
Durante uma conversa com apoiadores na saída do Palácio da Alvorada na quarta-feira (13), Bolsonaro já havia se defendido da acusação de ter sido insensível com a família do guarda municipal paranaense, mas até o momento, a única referência que fez à viúva dele, a policial Pâmela Suellen Silva, foi a seguinte: “O Otoni [deputado Otoni de Paula] foi lá e conversou com dois irmãos. Se a viúva estivesse lá, eu conversava com ela também”.
Ele mencionou o deputado federal do MDB do Rio de Janeiro porque foi quem providenciou a conversa por videochamada, na terça-feira (11), com os irmãos de Marcelo, Luiz e José de Arruda, considerados bolsonaristas, para lhes pedir que contem à imprensa outra versão do que ocorreu. Mas segundo Pâmela, os dois não estavam na festa de aniversário onde ocorreu o crime.
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