O Ministério das Relações Exteriores, que fica no Palácio do Itamaraty em Brasília, confirmou nesta sexta-feira (4) que está programada a viagem do presidente da República Jair Bolsonaro (PL) para a Hungria, onde ele deverá se encontrar, na capital Budapeste, com o presidente de extrema-direita do país, Viktor Orbán.
Bolsonaro e comitiva ficarão no país do Leste Europeu entre os dias 17 e 19 deste mês. Antes dessa visita, o chefe do Executivo brasileiro vai a Moscou, capital da Rússia, para encontro com o presidente conservador e católico ortodoxo Vladimir Putin. Lá, ele e comitiva devem chegar no dia 14 de fevereiro, onde ficam até o embarque para Budapeste.
A viagem para Budapeste foi incluída nesta missão internacional a pedido de Filipe Martins, assessor para Assuntos Internacionais da Presidência, segundo informações da coluna de Igor Gadelha, no site Metrópoles.
Martins é um dos seguidores do falecido escritor extremista Olavo de Carvalho a integrar o governo de Bolsonaro. A decisão do Itamaraty sinaliza apoio ao presidente ultradireitista às vésperas das eleições da Hungria, marcadas para o dia 3 de abril.
Já a viagem para a Rússia foi mantida a despeito da pressão dos representantes da Casa Branca, nos Estados Unidos, para que Bolsonaro cancelasse, tendo em vista a tensão sobre a ameaça russa de invadir a Ucrânia.
A justificativa dos americanos, segundo o jornal O Globo, é que a visita de Bolsonaro representa o posicionamento do Brasil em relação à crise entre Rússia e Ucrânia, o que desagrada o governo de Joe Biden.
O TEMPO agora está em Brasília. Acesse a capa especial da capital federal para acompanhar o noticiário dos Três Poderes