O presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a defender, nesta sexta-feira (13), a aprovação de uma regra com excludente de ilicitude para policiais militares que matarem em serviço. A declaração foi dada durante a formatura de oficiais na Academia de Polícia Militar do barro Branco, em São Paulo. Bolsonaro disse, porém que, na sua missão, precisa compartilhar as decisões com o Legislativo.
"Nós temos sonhos. Temos história. Mas temos um presente e um futuro. O meu grande sonho de ser presidente da República tem que ser compartilhado com o Parlamento brasileiro. Gostaria muito de um dia de aprovar o excludente de ilicitude para que vocês, após o término da missão, fossem pra casa se recolher no calor de seus familiares e não esperar a visita de um oficial de Justiça", disse o presidente.
Ele culpou adversários pelo fato de o projeto não ir adiante, mesmo tendo hoje o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-PL) como um de seus maiores aliados.
"Diria a vocês que, por muitas vezes, o nosso inimigo não está nas vielas, no topo de um morro ou nas ruas perdido por aí armado. Muitas vezes nossos inimigos estão dentro de um gabinete com ar condicionado e aí há um burocrata que inferniza a vida de você após o cumprimento de uma missão. Esse é o meu sonho e peço a Deus que me de força, juntamente com o Parlamento brasileiro, para que isso venha a acontecer", disse.
O presidente afirmou que o país precisa reduzir, sim, a letalidade, mas, segundo ele, "do cidadão de bem e de pessoas como vocês (policiais) e não da bandidagem".
"Se vocês, nas ruas, portam uma arma na cintura ou no peito, é para usá-la e nós, chefes de Executivo, quer seja o presidente ou os governadores, devemos dar respaldo e segurança pra vocês após o cumprimento da missão", completou.
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