Indicado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) há pouco mais de um mês, Caio Mario Paes de Andrade foi aprovado pelo Comitê de Elegibilidade da Petrobras como elegível para assumir a presidência da estatal.
Em comunicado oficial divulgado na noite desta sexta-feira (24), o Comitê reconheceu, por maioria, que ele preenche os requisitos para ser indicado aos cargos de Conselheiro de Administração e Presidente da companhia, que serão deliberadas pelo Conselho de Administração.
O presidente do Conselho de Administração, Márcio Weber, pretende convocar uma reunião, para a manhã da segunda-feira (27), do Conselho para formalizar a eleição de Paes de Andrade.
Desde a segunda-feira (20), quando o ex-presidente José Mauro Coelho pediu demissão por pressão do governo federal, o cargo de presidente da companhia foi assumido interinamente por Fernando Borges, diretor-executivo de exploração e produção da petroleira. Coelho ficou apenas 40 dias no cargo, quando foi trocado por Paes de Andrade sob indicação de Bolsonaro.
Formado em Comunicação Social, mas com pós-graduação em administração e gestão pela Universidade de Harvard e mestrado em administração de empresas pela Duke University, Paes de Andrade trocou a iniciativa privada pela área pública em 2019, quando assumiu a presidência do Serpro.
Em agosto de 2020, passou a ser o responsável pela transformação digital do governo, comandando a Secretaria Especial de Desburocratização, Gestão e governo digital.
O Comitê de Elegibilidade avaliou, nesta sexta-feira, o currículo, formação e carreira de Paes de Andrade. A conclusão do comitê é que ele não tem conflito de interesses, mas fez ressalva quanto à experiência e formação para assumir o cargo mais importante da maior estatal do país. Ainda assim, cumprindo formalidades, o comitê concluiu que Paes de Andrade pode ser eleito presidente.
A expectativa do governo federal, sobretudo de Bolsonaro, que tentará a reeleição em outubro, é que Paes de Andrade contenha a disparada no preço dos combustíveis, que resulta da política de Preço de Paridade Internacional (PPI), adotada por Pedro Parente, ex-presidente da Petrobras durante a gestão de Michel Temer (MDB), em 2016.
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