Com a cobrança por reajuste salarial, servidores do Banco Central começaram a entregar cargos de chefia nesta segunda-feira (3) e já organizam uma paralisação com protesto em Brasília no próximo dia 18.
As informações são do Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central (Sinal), que publicou nota chamando à mobilização e disponibilizou uma lista eletrônica de entrega das comissões e das substituições.
Assim como no caso dos auditores fiscais da Receita Federal, que estão em greve desde o final do mês de dezembro, os servidores do BC reclamam de não terem previsão de reajuste no salário no orçamento de 2022, aprovado pelo Congresso.
O estopim da reclamação do sindicato foi um e-mail enviado no final do ano pelo presidente do BC, Roberto Campos Neto, que elogia a atuação dos servidores, mas não aborda "as assimetrias que o funcionalismo do BC sofre em sua gestão".
“De elogios inócuos e ‘tapinhas nas costas’ os servidores estão cansados. O que se quer, de verdade, é ver o Presidente do BC entrar em campo para valer e conseguir resolver de uma vez por todas as duas assimetrias acima citadas. O momento exige, obviamente, uma priorização, a fim de não se perder o foco: a prioridade será a reestruturação, com reajuste salarial, dos cargos de Analista e Técnico”, diz nota do sindicato publicada nesta segunda.
Em movimento conjunto, o Sinal, o Sindicato Nacional dos Técnicos do Banco Central do Brasil (SintBacen) e a Associação Nacional dos Analistas do Banco Central do Brasil (ANBCB) sugerem deixar cargos comissionados vagos, além de entrega de comissões e substituições e a preparação de protesto presencial em Brasília.
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