As Forças Armadas formalizaram nesta segunda-feira (18) o afastamento do tenente-coronel Mauro Cid das suas funções no Exército Brasieiro. A decisão, assinada pelo general de Divisão Alexandre de Almeida Porto e publicada no Diário Oficial da União (DOU), passa a valer desde 9 de setembro, data em que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes determinou que Cid deixasse suas atribuições.
O afastamento de Mauro Cid do Exército, porém, não deve mexer com as finanças do tenente-coronel. Pela medida, ele vai continuar recebendo o salário de quase R$ 27 mil brutos - R$ 17.650 líquidos -, além de ter garantidos os benefícios de morar na vila militar do Exército em Brasília usufruir do plano de saúde de um oficial do Exército.
No início deste mês, Alexandre de Moraes soltou Cid depois de homologar o acordo de delação premiada do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro com a Polícia Federal. Isso fez com que a cúpula do Exército se debruçasse sobre as determinações do magistrado. Como não há especificamente nada sobre os benefícios do militar, coube ao comandante do Exército, general Tomás Paiva, decidir que não haveria nenhuma mudança na questão remuneratória.
Mauro Cid permaneceu preso por cerca de 120 dias por suspeita de falsificar cartões de vacina contra a covid-19 para ele, sua família, e para Bolsonaro, Michelle e Laura, a filha prá-adolescente do casal. O ex-ajudante de ordens também é investigado por vender presentes, como joias,recebidos por Bolsonaro de outros chefes de Estado e também por ter atuado na organização de um golpe de Estado.