Eleições 2022

Líder de governo diz que não haverá nada 'não republicano' após eleições

Ricardo Barros, porém, disse que se TSE não fizer as pessoas confiarem nas urnas 'haverá problema'

Por O TEMPO Brasília
Publicado em 19 de maio de 2022 | 14:53
 
 
 
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O líder do governo de Jair Bolsonaro na Câmara, deputado Ricardo Barros (PP-PR), afirmou que não tem expectativa de que ocorra algo não republicano após o resultado das eleições. Apesar disso, ele diz que não trabalha com esse cenário por ter confiança de que o chefe do Executivo vencerá em sua batalha pela reeleição.

As declarações foram dadas à jornalista Débora Bergamasco, do SBT, quando Barros foi questionado sobre o que Bolsonaro e seus aliados poderiam fazer caso o resultado não saia como o planejado nas urnas. O presidente tem afirmado com frequência que pode haver algum distúrbio após o resultado das eleições.

"Eu não estou preocupado com isso, porque eu estou percebendo que a eleição caminha para uma vitória até tranquila para o presidente Bolsonaro. Mas há essa insistência em divulgar pesquisas que não correspondem com o sentimento das pessoas. Como eu disse, as pesquisas erradas nunca foram punidas no Brasil. Então, se o poder Judiciário quer contribuir, ele precisa agir sobre os pontos que causam a instabilidade. E eu acho que eles devem fazer isso. Não há da minha parte assim nenhuma expectativa de que vá haver qualquer tipo de movimento não republicano, mas as pessoas vão se manifestar sobre o resultado da eleição. Toda eleição, quando acaba, o povo vai para rua e comemora. Quem ganhou ganhou", disse ele.

Ele fez coro ao presidente Jair Bolsonaro nas críticas à Justiça eleitoral e voltou a colocar em dúvida as urnas eletrônicas. Testes de segurança feitos repetidamente ao longo das eleições nunca demonstrarma qualquer falha nas urnas ou chance de manipulação do resultado.

"O Judiciário precisa parar de ficar teimando em dizer que as urnas são confiáveis e provar à sociedade que são confiáveis. E demonstrar com clareza e transparência que são confiáveis. Para que não haja dúvida do resultado da eleição. Então, por isso que quando o Congresso queria votar voto impresso, o TSE fez campanha aberta contra o voto impresso. Que era imprimir um percentual das urnas por amostragem para conferir a votação. Para verificar, para auditar a votação. O TSE foi para a imprensa, declaração: 'Não, nós somos contra. Somos contra'. Se o Congresso aprovar, eles têm que cumprir a lei. Eles não têm que gostar ou não gostar da lei", disse Ricardo Barros, completando:

"O Judiciário ele precisa se empenhar em provar para a sociedade que o sistema é confiável. Se eles provarem para a sociedade, as coisas vão ficar resolvidas. Agora, se chegar até o dia da eleição, as pessoas com dúvida se podem ou não confiar no sistema, isso vai causar um problema". 

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