Durante a cerimônia de anúncios de investimentos de bancos públicos em Estados, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defendeu enfaticamente o "pacto federativo". Ele afirmou que esse acordo "quase foi destruído" no Brasil. O pacto federativo é um componente da Constituição Federal de 1988, que estipula a formação da República Federativa do Brasil pela união indissolúvel dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.
"O Pacto Federativo quase foi destruído no nosso país. Eu nunca compreendi uma pessoa querer governar sem dialogar com os estados e os municípios. E esse evento, de investimentos dos bancos públicos nos estados, é o retorno do financiamento público que chega na vida das pessoas. É para isso que servem os bancos públicos: para fazer o que muitos bancos privados não querem", disse Lula.
Durante o mesmo evento, Lula defendeu a postura do governo federal em relação aos gestores estaduais e municipais. Ele afirmou: “A orientação é essa, prefeito não é bandido, governador não é bandido. Se ele tiver as contas dele em dia, ele tem direito, sim, de ir ao banco, pedir um financiamento, e o banco financiar”, afirmou.
A menos de um ano das eleições municipais de 2024, o presidente da República busca se aproximar de governadores e prefeitos. Durante a Conferência Eleitoral do PT na semana passada, Lula expressou preocupação com o pleito.
Ele instigou uma autocrítica dentro do partido, enfatizando a necessidade de ouvir a sociedade e reaprender a se comunicar com ela. Destacou a importância de estabelecer diálogo com evangélicos e pequenos empreendedores. Além disso, frisou a importância de deixar de lado as disputas internas do PT e selecionar os "melhores" candidatos para concorrer nas eleições.