Lula encontra Lira e Pacheco em meio a negociações da PEC da Transição

O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) encontra, nesta quarta-feira (30), os presidentes da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). As reuniões acontecem em meio às negociações pela Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Transição, apresentada na segunda-feira (28) para que o futuro governo consiga cumprir promessas de campanha.

A reunião com Lira aconteceu no final da manhã no hotel em que Lula está hospedado, na região central de Brasília (DF). Pacheco irá ao mesmo local por volta de 15h desta quarta.

A PEC retoma o Bolsa Família - em substituição ao Auxílio Brasil - em R$ 600 fora do teto de gastos pelos próximos quatro anos, com adicional de 150 reais por criança de até seis anos. A análise deve começar na próxima semana, primeiro, na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado. Se aprovada, seguirá para votações no plenário do Senado e na Câmara dos Deputados.

A proposta permite gastos de R$ 198 bilhões fora do teto em 2023, sendo R$ 175 bilhões para o Bolsa Família e o valor extra para crianças. O texto final da PEC foi alvo de entraves e negociado ao longo de novembro pelo coordenador da transição de governo, o vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB).

Na terça-feira (29), Pacheco prometeu analisar a PEC com "urgência e prioridade". De acordo com ele, o texto deve sofrer mudanças, o que não afasta a possibilidade de votação na próxima semana. "Seria muito ruim se chegássemos a janeiro com a necessidade de reduzir o valor do Auxílio Brasil, ou do Bolsa Família. Deve andar imediatamente, com o senso de urgência e de prioridade, a PEC da Transição. Primeiro na CCJ, depois no Plenário", disse.

Se a PEC não for aprovada, o benefício social poderá ter valor reduzido a partir de janeiro. O presidente Jair Bolsonaro (PL) enviou para análise no Congresso Nacional a proposta orçamentária para 2023 com previsão de parcelas de R$ 405 do Auxílio Brasil.

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