Celac

Lula sobe o tom na crítica contra o Equador pela invasão da embaixada do México

O presidente ressaltou a gravidade do caso ocorrido em Quito e fez questão de defender o pedido de desculpas do Equador

Por Gabriela Oliva
Publicado em 16 de abril de 2024 | 13:57
 
 
 
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O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), participou, nesta terça-feira (16), da reunião virtual dos chefes de Estado e governo da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac). Durante o encontro, Lula defendeu o pedido de desculpas do Equador pela invasão da embaixada do México em Quito, a capital equatoriana.

Lula enfatizou a gravidade do caso ocorrido em Quito em 5 de abril, classificando-o como "simplesmente inaceitável" e destacando seu impacto não apenas para o México, mas para toda a região. Ele afirmou: "Um pedido formal de desculpas por parte do Equador é um primeiro passo na direção correta".

O presidente também ressaltou a inédita natureza do episódio: "Medida dessa natureza nunca havia ocorrido, nem nos piores momentos de desunião e desentendimento registrados na América Latina e no Caribe. Nem mesmo nos sombrios tempos das ditaduras militares em nosso continente", defendeu.

"Nossa região já foi vítima do colonialismo e da ação unilateral de grandes potências. Não queremos isso para nossos povos. Somos uma região plural. Continuaremos a ter diferenças de visões e opiniões, mas temos, sobretudo, o compromisso de resolvê-las com base no diálogo e na diplomacia", complementou Lula em seu discurso.

Itamaraty já havia condenado a invasão

Em 6 de abril, o Itamaraty condenou o ingresso de forças policiais do Equador na Embaixada do México, na capital equatoriana, e ainda manifestou solidariedade ao governo mexicano.

"A ação constitui clara violação à Convenção Americana sobre Asilo Diplomático e à Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas", afirmou. "A medida levada a cabo pelo governo equatoriano constitui grave precedente, cabendo ser objeto de enérgico repúdio, qualquer que seja a justificativa para sua realização", repudiou o Itamaraty.

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