G20

Lula volta atrás e diz que prisão de Putin cabe à Justiça

No último sábado, Lula disse que convidaria Putin para participar da próxima reunião do G20, no Rio de Janeiro, e que “não há porque ele ser preso

Por O TEMPO Brasília
Publicado em 11 de setembro de 2023 | 09:56
 
 
 
normal

Dois dias após afirmar que o presidente da Rússia, Vladimir Putin, não seria preso no Brasil caso viesse para a reunião da Cúpula do G20 que vai ocorrer em 2024, no Rio de Janeiro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou atrás e disse, nesta segunda-feira (11), que caberá à Justiça brasileira decidir sobre uma eventual prisão do líder russo. 

Putin tem um mandado de prisão em aberto pelo Tribunal Penal Internacional (TPI) por ser “supostamente responsável” pelos crimes de guerra, de deportação ilegal de população (crianças) e transferência ilegal de população (crianças) da Ucrânia para a Rússia. O Brasil é signatário da Corte internacional.  

No último sábado (9), em entrevista ao canal indiano "Firstpost", o presidente brasileiro disse que convidaria Putin para participar da próxima reunião do G20 e que não havia motivos para ele ser preso. Ainda durante a entrevista, o petista declarou que o presidente russo poderia vir “tranquilamente” ao país e que encontraria um “ambiente pacífico”. 

Putin, assim como o atual líder chinês, Xi Jinping, não compareceram à reunião do G20, realizada na Índia, no último final de semana. O grupo reúne representantes das 20 maiores economias do mundo. O Brasil assumiu a presidência simbólica do grupo no último domingo (10). 

Nesta segunda-feira (11), em entrevista coletiva de imprensa na Índia, Lula recuou ao dizer que uma eventual prisão de Vladmir Putin não cabe ao governo ou ao Parlamento brasileiro. "Isso quem decide é a Justiça. Não é o governo nem o parlamento. É a Justiça que vai decidir", afirmou. 

TPI

Questionado se retiraria o país da Corte internacional, o presidente brasileiro respondeu que precisa estudar melhor o acordo do qual o Brasil é signatário. Lula destacou que países como Rússia, Índia e Estados Unidos não participam do Tribunal Pena Internacional (TPI). 

Ele ainda esclareceu que não tinha conhecimento da existência da Corte internacional e que precisa “saber qual é a grandeza que fez o Brasil tomar essa decisão de ser signatário” do TPI.  Ainda segundo ele, na próxima reunião do grupo no ano que vem, ele espera que a guerra entre Rússia e Ucrânia tenha acabado. 

Notícias exclusivas e ilimitadas

O TEMPO reforça o compromisso com o jornalismo profissional e de qualidade.

Nossa redação produz diariamente informação responsável e que você pode confiar. Fique bem informado!