REDES SOCIAS

Morte do cachorro Joca: Lula usa gravata em ‘protesto’ e Janja critica a Gol

Primeira-dama e presidente Lula usaram redes sociais; ministro de Portos e Aeroportos disse seguir orientação do casal

Por Manuel Marçal
Publicado em 24 de abril de 2024 | 15:08
 
 
 
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e a primeira-dama, Janja da Silva, se pronunciaram nesta quarta-feira (24) sobre o caso do cachorro Joca. O animal morreu dentro do avião da companhia Gol na última terça-feira (24), após ser despachado para um aeroporto errado.  

O petista disse que estava usando uma gravata com desenho de cachorro em “solidariedade” e “homenagem” ao animal. Ele ainda cobrou explicações da companhia aérea.

“Eu coloquei essa gravata de manhã, em protesto ao que aconteceu (...) acho que a Gol tem que prestar contas. Acho que a Anac tem que fiscalizar porque a gente não pode permitir que isso aconteça no Brasil”, discursou o presidente durante solenidade no Palácio do Planalto. 

“Então, essa gravata é a nossa homenagem e a nossa solidariedade”, concluiu o petista ao lado de vários ministros do governo. A imprensa não acompanhou a agenda e o trecho da fala dele foi publicado nas redes sociais. 

Quem também usou as redes sociais para falar sobre a morte do cachorro Joca foi a primeira-dama. Ela gravou um vídeo no Instagram ao lado do ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho. 

Janja disse que ficou “muito abalada” quando soube da notícia e que teria comentado o assunto com o presidente Lula ainda na noite de terça-feira. No vídeo, ela diz que orientou o petista a usar a gravata com desenhos de cachorro. A primeira-dama chamou o caso de “irresponsabilidade” da Gol. Ela, assim como o marido, também prestou solidariedade ao dono do animal, João Fantazzini.

O ministro de Portos e Aeroportos, por sua vez, agradeceu a “solidariedade social” do casal Lula da Silva e disse que estava seguindo orientações de ambos. Ele disse ainda que, ainda na terça-feira, a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) oficiou a Gol para que a empresa explique, em até três dias, “objetivamente o que aconteceu”. 

“A orientação da primeira-dama, a orientação do governo é para que a gente possa, em caráter emergencial, buscar regras mais duras, melhorar a governança das próprias companhias áreas para que casos como esses não venham a ocorrer no Brasil, até porque todos nós somos defensores da causa animal”, explicou Silvio Costa Filho ao lado de Janja. 

O ministro de Portos e Aeroportos já tinha se pronunciado anteriormente sobre o caso. Ele chegou a anunciar a criação de um grupo de trabalho dentro da pasta para rever as regras de transporte de animais. O objetivo, segundo disse, é pensar, ao lado da Anac, políticas públicas para o transporte de animais domésticos em aviões.

Como o cachorro Joca morreu no voo da Gol

O cachorro da raça golden retriever tinha 4 anos e viajaria do Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, para Sinop, em Mato Grosso, junto do seu dono, João Fantazzini.

Por ser um cão de grande porte, não pode ir junto aos assentos da aeronave e precisou ser despachado numa caixa de transporte, viajando no porão com as malas dos passageiros.

Ao chegar em Mato Grosso, a Gol informou o erro a João. O cachorro não havia viajado no mesmo voo e estava em Fortaleza, cidade 2.082 km distante. O tutor recebeu imagens e vídeos do cachorro no Ceará, com água sendo fornecida pelos funcionários da companhia aérea.

Como Joca passaria por Guarulhos antes de ser enviado para Sinop, o dono dele decidiu voltar para São Paulo para encontrar o animal. Ao chegar ao aeroporto de Guarulhos, João notou que o cachorro estava sem sinais vitais.

Devido ao episódio, a companhia aérea decidiu suspender por 30 dias o transporte de animais domésticos nos voos. 

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