ELEIÇÕES À VISTA

Nos EUA, Bolsonaro discursa sobre meio ambiente e defesa das liberdades

Presidente se dirigiu à comunidade internacional e à base eleitoral em discurso na Cúpula das Américas, em Los Angeles

Por Luana Melody Brasil
Publicado em 10 de junho de 2022 | 14:40
 
 
 
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Em discurso na 9ª Cúpula das Américas, nesta sexta-feira (10), nos Estados Unidos, o presidente Jair Bolsonaro (PL) se dirigiu tanto à comunidade internacional, que o pressiona e o critica pelas políticas de proteção ambiental do governo, quanto à sua base eleitoral. 

No âmbito da preservação ambiental, Bolsonaro reafirmou que o Brasil é o país que mais preserva o meio ambiente e que o código florestal adotado aqui deve servir de exemplo para o mundo. 

Ele também citou os esforços do país para reduzir a emissão de metano, referindo-se especificamente aos acordos firmados na Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP26), realizada em novembro do ano passado em Glasgow, na Escócia. 

O presidente também argumentou que o governo federal reforçou o combate ao desmatamento na região Amazônica, por meio de projeto coordenado pelo Ministério da Justiça. "Lembro que a área da região Amazônica equivale a toda a Europa Ocidental, nenhum país possui uma legislação ambiental tão completa e restritiva", disse Bolsonaro.

No entanto, os recentes dados de alerta de desmatamento da floresta, divulgados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) com base no sistema Deter, desmentem o presidente. Os números mostraram um novo recorde de desmatamento, que foram considerados "péssimos e horrorosos" pelo vice-presidente Hamilton Mourão.

Acenando para o eleitorado bolsonarista, o presidente disse que "atualmente vemos no Brasil e em parte do mundo um ataque claro às liberdades individuais por opinar de forma diferente". 

"Temos um governo que acredita em Deus, respeita os seus militares, é favorável à vida desde a concepção, defende a família e deve lealdade ao seu povo. No Brasil já se entende que a liberdade é um bem maior que a própria vida, pois um homem ou mulher sem liberdade não tem vida", acrescentou. 

Por fim, o presidente informou que a reunião reservada da quinta-feira (9) com o presidente dos Estados Unidos Joe Biden durou 30 minutos e que ficaram sentados "numa distância inferior a 1 metro, sem máscara". 

"Senti no presidente Biden muita sinceridade e muita vontade em resolver certos problemas que fogem, obviamente, da responsabilidade de cada um de nós, mas juntos poderemos buscar alternativas para por um fim nesses conflitos", afirmou, referindo-se indiretamente à guerra entre Rússia e Ucrânia.

"A experiência de ontem com o presidente Biden foi fantástica, estou realmente maravilhado e acreditando em suas palavras e naquilo que foi tratado reservadamente entre nós", acrescentou.

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