Flagrante

PF e Ibama repatriam animais vítimas de tráfico apreendidos no litoral africano

A aeronave da PF trouxe araras-azuis-de-lear e micos-leões-dourados, apreendidos em Togo e que estavam em um veleiro de bandeira brasileira

Por Renato Alves
Publicado em 27 de fevereiro de 2024 | 10:17
 
 
 
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Um avião da Polícia Federal (PF) trouxe de volta ao Brasil um grupo de araras-azuis-de-lear e micos-leões-dourados vítimas de tráfico internacional. Animais são endêmicos do território brasileiro e encontram-se na lista de espécies ameaçadas. A aeronave pousou em Brasília no domingo (25).

Os agentes da PF resgataram 12 araras-azuis-de-lear e 17 micos-leões-dourados, apreendidos em Togo. Os animais foram localizados em 12 de fevereiro, em Lomé, capital do país africano, em um veleiro de bandeira brasileira. Na ocasião, quatro homens foram presos pelas autoridades locais: um uruguaio, um surinamês, um brasileiro e um togolês.

A prisão em flagrante ocorreu por que o grupo estava com animais protegidos pela Convenção sobre Comércio Internacional das Espécies da Flora e Fauna Selvagens em Perigo de Extinção (Cites), da qual o Togo é signatário. Conforme a investigação, o crime só foi descoberto porque a embarcação em que estavam estragou na costa africana e acabou abordada por policiais locais oferecendo ajuda.

Após o governo brasileiro ser acionado por autoridades togolesas, uma equipe formada por veterinários e outros especialistas do Ibama viajou ao país africano, onde desembarcou em 19 de fevereiro. Três dias depois, um avião da PF partiu do Brasil levando mais servidores do Ibama para auxiliar nos trabalhos de recuperação das espécies, antes do retorno ao Brasil. 

Animais estavam desnutridos e intoxicados

Os micos-leões foram encontrados pelos policiais africanos debilitados, desnutridos, intoxicados e com óleo de motor na pelagem. Já as araras apresentaram episódios de estresse. 

As araras-de-lear devem ser encaminhadas para uma estação quarentenária. Já os micos-leões-dourados seguirão para um centro de recuperação de animais onde cumprirão quarentena. O Ibama avalia colocar anilhas para marcação nas aves. Já os micos receberão microchips.

A operação de repatriação dos animais recebeu o nome de Akpé, que significa obrigado na língua local. Uma homenagem à cooperação das autoridades togolesas.

 

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