Servidores pressionam por reajuste salarial no Ministério da Economia

Dando continuidade ao protesto de servidores que iniciou no Banco Central, na manhã desta terça-feira (18), o ato seguiu à tarde para o Ministério da Economia. Os funcionários públicos pressionam o governo federal por reajuste dos salários e prometem fazer greve geral.  

Segundo Laura Gusmão, representante da Fenasps (Federação Nacional dos Sindicatos de Trabalhadores de Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social), os sindicatos protocolaram no ministério chefiado por Paulo Guedes uma reivindicação emergencial de reajuste de aproximadamente 19% para todas as categorias.

A estimativa da equipe econômica do governo é que para atender a todos, seria necessário liberar em torno de R$ 4 bilhões no Orçamento deste ano.

O impasse com os servidores começou quando o presidente da República Jair Bolsonaro (PL) prometeu aumento salarial para todos, e depois passou a defender apenas o das carreiras policiais.

Diante da pressão das demais categorias desassistidas, o governo mudou o discurso e já não garante aumento nem mesmo para as forças de segurança, segundo informou o vice-presidente, general Hamilton Mourão.

De acordo com Laura Gusmão, os servidores não protestam por aumento de salário e sim pela recomposição para suprir as perdas em função da inflação, que fechou 2021 em 10%. Os sindicatos prometem greve geral, caso as demandas não sejam atendidas pelo governo federal.

"Estamos protocolando essa reivindicação, dando um prazo para o governo. Temos paralisações marcadas para a semana que vem e fevereiro. Se até o dia 9 de março não tivermos nenhuma posição do governo, as categorias vão entrar em greve geral", alerta Gusmão.

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