O vídeo de um passeio do domingo (30), em que o presidente da República Jair Bolsonaro (PL) aparece comendo e se sujando com frango misturado na farofa numa barraca de rua, não pegou bem.
Diante da repercussão negativa, o ministro das Comunicações, Fábio Faria, decidiu apagar nesta segunda-feira (31). Ao longo do dia, o perfil do senador e filho do presidente Flávio Bolsonaro (PL-RJ) também apagou a publicação do vídeo. O mesmo aconteceu com o aplicativo lançado pelo presidente, Bolsonaro TV.
Embora tenha atingido o objetivo de viralizar, o engajamento foi negativo, pois a peça foi interpretada como uma tentativa de mostrar Bolsonaro como um "homem do povo", uma velha tática populista utilizada por outros presidentes brasileiros.
Essa, aliás, não é a primeira vez que o chefe do Executivo e seus ministros recorrem a essa tática. Em setembro do ano passado, quando participou da Assembleia Geral da ONU, em Nova York, nos Estados Unidos, o ministro Gilson Machado (Turismo) divulgou uma foto em que aparece com outros ministros e o presidente comendo pizza na calçada.
Ao contrário da repercussão positiva entre os apoiadores do presidente, que o defenderam da crítica de que teria sido impedido de comer dentro do restaurante americano por não ter se vacinado, desta vez a tática parece ter falhado.
“Pra quem ainda confunde dinheiro, acesso à educação e poder com educação e respeito aí vai uma imagem que vale mais que mil palavras; O povo não se identifica com essa imundície”, publicou um perfil.
Durante a gravação, Bolsonaro estava acompanhado do filho e vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), que mantém o aval do presidente para tocar a estratégia de comunicação digital nas redes sociais desde a campanha de 2018 até, ao que tudo indica, a campanha deste ano pela reeleição.
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