Dos 285 integrantes do gabinete de transição para o futuro governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), apenas 14 foram nomeadas agora em cargos públicos - incluindo o vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB), que trabalha como coordenador do processo. O número indica que 4,9% da equipe é recém-integrada ao quadro de servidores.
As 271 pessoas restantes atuam como voluntárias, sendo não-remuneradas ou servidores públicos que já ocupavam funções e foram requisitados. Na última modalidade, apesar de haver remuneração para o cargo já exercido pelo servidor, não há custos extras aos cofres públicos, segundo a equipe do gabinete de transição.
Ficam à disposição do presidente eleito 50 cargos públicos para nomeação. O ex-ministro Aloizio Mercadante, que coordena os grupos temáticos, informou que a intenção é não preencher todas as vagas disponíveis e manter a equipe como voluntária.
Segundo Mercadante, a prioridade é o custeio do trabalho, como passagens aéreas e estadias, para que a equipe possa se reunir presencialmente na sede do gabinete no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), em Brasília (DF). "O que nós queremos negociar é que, em vez de gastar com pessoal, que a gente tenha como pagar passagem para mais gente", disse. Ainda não há confirmação, no entanto, se será possível transferir o recurso destinado às nomeações para custear as despesas dos voluntários.
O ex-deputado Floriano Pesado, que atua como coordenador-executivo do gabinete de transição, chamou de "restrito" o orçamento destinado ao trabalho de mudança de governo. De acordo com ele, são R$ 3,2 milhões totais que não são reajustados desde 2018. Desse valor, R$ 900 mil são destinados para custeio da equipe.
O TEMPO agora está em Brasília. Acesse a capa especial da capital federal para as notícias dos Três Poderes.