Liberdade sempre

Liberdade, ainda que tardia. Não por acaso, inicio este artigo com o lema da Inconfidência, estampado na bandeira de Minas. Afinal, estamos no mês em que se completam 230 anos da morte de Tiradentes, mártir da Inconfidência Mineira e um dos maiores símbolos republicanos no Brasil. E por que falar sobre isso é importante até hoje?

Tiradentes lutou pela liberdade do Estado, dos mineiros e dos brasileiros. O líder dos inconfidentes protagonizou a insatisfação com a cobrança excessiva de tributos e com a imposição da derrama – taxação compulsória criada por Portugal para garantir uma arrecadação mínima de ouro à metrópole se a meta anual não fosse alcançada.

É certo que a maioria dos mineiros e mineiras conhece esse marco na história de Minas e do Brasil, mas vale resgatar o assunto para destacar a importância de se lutar pela liberdade em todos os aspectos.

Importante observar que, à época, os inconfidentes eram profundamente influenciados pelo iluminismo, que estava em larga expansão no continente europeu, e colocavam em xeque as ideias do colonialismo, além de defender o liberalismo tanto político quanto econômico, que são premissas nas quais acredito.

Derrotar conceitos tão arcaicos e tão dominantes à época, como os domínios político, cultural e religioso de um território sobre o povo, e ainda defender o liberalismo em um período em que não se falava em respeito às liberdades individuais e de expressão ou sobre uma economia com interferência mínima de Estado, custou a condenação de Tiradentes – o único que assumiu se rebelar contra o poder português sobre Minas Gerais – à morte.

Para lutar como Tiradentes, que lutou pelos seus ideais e pela liberdade do povo, é preciso coragem e responsabilidade. Coragem e responsabilidade também são posturas fundamentais para assumir um Estado financeiramente falido, socialmente desassistido e economicamente esquecido. São cruciais, ainda, para planejar uma solução capaz de mudar a realidade de um povo e colocá-la em prática, chegando ao sucesso. E esse sucesso, com muita união, estamos alcançando.

Afinal, quem, há três anos, imaginava nossa Minas Gerais – que foi tão maltratada – com dívidas quitadas, pagamentos de salários e 13º em dia e recomposição salarial de todos os servidores, aposentados e pensionistas? Isso só foi possível com muito trabalho, dedicação e apoio dos outros Poderes, inclusive de outras esferas, como os prefeitos, tão parceiros do governo estadual na missão de honrar compromissos, tirar Minas do vermelho e devolver a dignidade financeira ao nosso povo.

Entendo que os mineiros merecem mais e sei que ainda temos muito a fazer. E, mais do que isso, tenho certeza de que, juntos, conseguiremos entregar uma Minas Gerais cada vez mais produtiva e soberana, com atração de empresas e geração de renda, a quem aqui vive.