Minas em primeiro lugar!

Essas eleições foram ainda mais acirradas do que as anteriores, e os vencedores já se preparam para assumir. Aproveito este espaço para parabenizar a todos os eleitos e reeleitos: presidente, senadores, deputados estaduais e federais. A vontade da maioria venceu, e temos que respeitá-la. Mas, também, temos o dever de lutar pelo que acreditamos. O dever de não medir esforços para cobrar avanços para o nosso povo. 

Em Minas, tenho certeza de que o governador Romeu Zema e o nosso vice-governador, professor Mateus, que sempre atuaram em defesa dos interesses dos mineiros, seguirão fazendo o melhor. Trabalhando ao máximo para que pais e mães de família possam oferecer alimento de qualidade aos filhos, trabalhando por um ambiente melhor para todos.

E melhorias passam pela construção de pontes capazes de ligar objetivos únicos. Neste segundo mandato, sigo chefiando a articulação política de Minas. Continuo à frente da Secretaria de Estado de Governo (Segov), uma missão desafiadora, que muito me honra, especialmente pela confiança do nosso governador no meu trabalho. 

Certa vez, escrevi aqui sobre os dois possíveis caminhos de um governo: política ou guerra. E reafirmo que sou exímio defensor da primeira opção. Este governo é maduro para manter relações republicanas tanto com a União quanto com a oposição em terras mineiras. E acredito na reciprocidade deste pensamento. 

O momento requer maturidade para entender e aceitar que o caminho para driblar as ameaças futuras a Minas passam por projetos que garantam a sustentabilidade financeira do estado. Temos em mãos poder para dar aos mineiros tranquilidade para que não volte a faltar recursos para pagar salários e 13º dos servidores, por exemplo. 

Entre os projetos prioritários desta gestão está a adesão ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF), que se tornou alvo de tantas fake news na última eleição em Minas. O RRF concede ao Estado carência de até 12 meses para o não pagamento da dívida com a União, hoje em R$ 155,44 bilhões.

Contado a partir da autorização da adesão por parte da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) e da homologação feita pela Secretaria do Tesouro Nacional (STN), o prazo é fundamental para que o Estado consiga se reorganizar para dar início ao processo de equacionamento do débito. E, a partir daí, retomar o pagamento de forma gradual, com impacto controlado no caixa. 

O remédio é amargo? É. Mas é o necessário para garantirmos a Minas e aos mineiros uma situação financeiramente saudável, sem chances de voltarmos ao vermelho. 

Investimentos reais em infraestrutura, saúde, educação e segurança são absolutamente importantes. E esta gestão se compromete a realizá-los, como confia e merece o eleitor. Mas o nosso compromisso vai além. Nos comprometemos a lutar pelo bem da perenidade financeira do nosso estado. Sem riscos. Sem demagogia. 

Igor Eto é secretário de Estado de Governo de Minas Gerais